Investigadores da UAlg vão às empresas e saem de lá mais aptos a ajudá-las

Há ligações que podem valer (literalmente) ouro. Entre elas estão as que se podem criar entre investigadores e o tecido […]

Impressões Ideias em CaixaHá ligações que podem valer (literalmente) ouro. Entre elas estão as que se podem criar entre investigadores e o tecido empresarial, links que o CRIA – Divisão de Empreendedorismo e Transferência de Tecnologia da Universidade do Algarve está a promover, levando investigadores a visitar empresas inovadoras da região.

O objetivo do projeto «CRIA Links» é dar a conhecer aos que se dedicam à procura de conhecimento a realidade do tecido empresarial, nomeadamente as técnicas inovadoras que utilizam, mas também as suas dificuldades e desafios. Desta forma, espera-se que os especialistas em diversas áreas que trabalham na universidade possam encontrar soluções para os problemas das empresas, com vantagens para ambas as partes.

Esta é, de resto, uma das principais missões do CRIA, cujo diretor Hugo Barros foi um dos convidados do programa radiofónico Impressões, dinamizado em conjunto pelo Sul Informação e pela Rádio Universitária do Algarve RUA FM (102.7 FM). Ao seu lado, estiveram dois empreendedores, Mauricio Namora e Márcia Santos, os fundadores da empresa Mirabilis, de produção de semente de ostra portuguesa, que serão, um dia, os anfitriões de sessões do «CRIA Links».

«Existe muita investigação de qualidade feita na Universidade do Algarve, os centros de investigação têm pessoas muito qualificadas e muitos resultados. Mas, da mesma forma que é importante, por parte das empresas, perceber qual a realidade e a capacidade da instituição, ao nível do conhecimento, de investigadores e equipamentos, é cada vez mais importante que os que trabalham na área da investigação e a comunidade académica se possam deslocar às empresas», resumiu Hugo Barros.

Hugo Barros CRIA

Nestas visitas, os investigadores têm contacto «com a realidade e com os equipamentos usados, vendo os espaços e as dinâmicas». No final, espera-se que dai resulte «um debate frutífero em que se possam encontrar pontos em comum, que permitam a transferência de tecnologia, a execução de projetos em conjunto. Achamos que isso tem funcionado muito bem», disse o diretor do CRIA da UAlg.

As empresas visitadas são das mais diferentes áreas, até porque há investigação nos mais variados setores, no seio da universidade algarvia. Entre elas, há alguma “prata da casa”, empresas que, como a Mirabilis, nasceram na sequência de um dos concursos de ideias do CRIA.

«Isso é algo muito interessante, pois é possível ver que as empresas que aqui surgem são um sucesso, estão a trabalhar e podem servir de exemplo para as que possam vir. A Sparus, por exemplo, já foi alvo de bastantes visitas, assim como a Caviar Portugal [ambas vencedoras do Ideias em Caixa]. E tenho a certeza que a Mirabilis vai também ser alvo de muitas solicitações», acredita Hugo Barros.

O objetivo do Cria Links é também este, o de transmitir aos investigadores e membros da comunidade académica «que é possível, embora haja dificuldades, que é uma forma de criar empregabilidade e de transferir conhecimento, o que é muito interessante a todos os níveis».

E quando houver visitas à empresa de Márcia Santos e Mauricio Namora, os jovens empreendedores, ambos ex-alunos do curso de Biologia Marinha da Universidade do Algarve, já sabem o que hão de dizer. «Dirigam-se ao CRIA! (risos). Só temos a agradecer todo o apoio e acompanhamento da nossa ideia. E também lhes diremos que é preciso preserverança e paciência e que é muito importante criar estes links», resumiu Márcia Santos.

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