Fim de semana com leitura, artes plásticas e performances em Sagres, Guadalupe e Paderne

Leitura expressiva, a intervenção de uma artista plástica e uma performance teatral são as três propostas para outros tantos monumentos […]

Sagres e PaderneLeitura expressiva, a intervenção de uma artista plástica e uma performance teatral são as três propostas para outros tantos monumentos – Fortaleza de Sagres, Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe e Castelo de Paderne – no próximo fim de semana prolongado, nos dias 10 e 11 de Junho.

As iniciativas culturais são promovidas pela Direção Regional de Cultura do Algarve, com o objetivo de conseguir «o usufruto e aproximação dos públicos aos espaços monumentais como locais de vivências e experiências, contribuindo desta forma para a sua transformação em património vivo, ativo e afetivo».

Assim, na Fortaleza de Sagres, a 10 de Junho, a partir das 9h30, acontece a 9ª edição do concurso de leitura expressiva “Ler com…”, destinado aos alunos do 4º ano dos municípios das Terras do Infante (Lagos, Aljezur e Vila do Bispo).

Tendo por objetivo a promoção do interesse pela leitura e pelos autores da língua portuguesa, o concurso é também uma festa da língua portuguesa, comemorando, as crianças e suas famílias, o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.

Com organização da DR de Cultura do Algarve em parceria com a DGEST Algarve, conta com o patrocínio da FNAC e os apoios da Câmara Municipal de Vila do Bispo e da Região de Turismo do Algarve.

No dia seguinte, 11 de Junho, na Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe (Raposeira-Vila do Bispo), inaugura, pelas 16h00, “Virgem, Negro”, intervenção da artista plástica Ana André, a segunda do ciclo Derivas Continentais, que estará patente até dia 2 de julho. Pelas 17h00, o contrabaixista português  Zé Eduardo e a trompetista suíça Hilária Kramer apresentam um conjunto de composições de Jazz.

A intervenção tomará a forma de livro, onde as folhas são superfícies de pintura preparadas para receber o traço, o registo (ou o rasto) da paisagem, em que as paisagens noturnas, a noite, é o princípio, o ponto de partida. As marcas deixadas pelo processo de construção e preparação das superfícies são parte das condicionantes, estruturam, estão presentes ao longo de todo o processo e influenciam as decisões.

Trata-se de uma organização da Tertúlia Associação Sócio-Cultural de Aljezur.

Ainda no dia 11, ao fim da tarde, às 19h00, no Castelo de Paderne (Albufeira), realiza-se ”O Espírito do Passado”, performance/intervenção teatral, criação da Amarelarte que convida ao diálogo entre o público e as personagens do passado.

A ênfase do trabalho – os detalhes e realidades, fictícias, mas inspiradas na pesquisa histórica, vidas no Castelo de Paderne, com os quais o público se poderá identificar e criar uma ligação com a atualidade.

>>10 de Junho, 9h30, na Fortaleza de Sagres, “Ler com…
>>11 de Junho, 16h00, na Ermida Nossa Senhora de Guadalupe, “Virgem, Negro
>>11 de Junho, às 19h00, no Castelo de Paderne, ”O Espírito do Passado

A criação e encenação coletiva conta com os atores Luís Nogueira, Helena Madeira, Nicole Lissy, os poemas de Domingos Cerejo e a fotografia e imagem de Kátia Viola.

A organização é da Amarelarte Associação Cultural e Recreativa e os apoios da Câmara Municipal de Albufeira e da Junta de Freguesia de Paderne.

Todas estas iniciativas culturais decorrem no âmbito do DiVaM 2016 – O Espírito do Lugar, o programa de Dinamização e Valorização dos Monumentos da Direção Regional de Cultural do Algarve.

 

Virgem, Negro
Ana André

Em 2016, completa a Licenciatura em Artes Visuais da Universidade do Algarve. Estuda Arquitetura na Universidade Lusíada que troca pelos estudos em Pintura e Desenho no Ar.Co, Lisboa, vindo a concluir aí o Plano de Estudos Completo em 1997.

A prática da Pintura e Desenho são uma constante desde 1990. A partir de 2013, incentivada pelo curso de Artes Visuais da Ualg, outras disciplinas artísticas são exploradas – Fotografia, Vídeo e Instalação.
Exposições (1995-2016):(Des)Envolvimentos Emergentes, Palácio da Galeria, Tavira/A22 Exposição de finalistas de Artes Visuais da UALG. Fábrica da Cerveja, Faro/ Humidade na Parede, Artadentro, Faro. Integrado na Trienal de Desenho/ Instantanés, Centro Cultural de São Lourenço, Loulé. (cat.)/ Radiação, edição 0, 1 e 2 – projeto de Rádio Arte com edição de um CD, comissariado/ Artadentro, RUA FM (Rádio Universitária do Algarve), Faro / Incito, (c/ Vasco Vidigal, Teresa Ramos e Manuel Rodrigues), Artadentro, Faro/ 5 Artistas de Faro, Centro Cultural de São Lourenço, Loulé / Artistas a Sul, Trem, Galeria Municipal de Arte, Faro/ Around, DTKprosjektgalleri, Oslo./ na cozinha dos artistas, Centro Cultural de São Lourenço, Loulé. (cat.)/ Em Andamento, Artadentro – Arte Contemporânea, Faro / Tractor. Faro, Capital Nacional da Cultura 2005, Fábrica da Cerveja, Faro (cat.)/ Pintura, Artadentro, Faro./ Pintura, Galeria Paula Fampa, Braga / Bolseiros e Finalistas do Ar.Co, Lisboa. (cat.)/Bienal de Escultura e Desenho das Caldas da Rainha. (cat.)

 

José Eduardo
Conhecido pelo nome artístico de Zé Eduardo, é um conceituado contrabaixista, pianista, compositor e pedagogo de jazz.

Fundador e diretor da Escola de Jazz do Hot Clube de Portugal em Lisboa, foi também diretor pedagógico do “Taller de Músics de Barcelona” (Barcelona) entre 1983 e 1990.

Foi convidado para lecionar na pós-graduação em Pedagogia do Jazz e em Contrabaixo na Universidade da Catalunha.

É consultor pedagógico na Escola de Artes de Sines.

Zé Eduardo é uma figura importante do Jazz em Portugal nas últimas décadas e a ele se pode atribuir alguns dos grandes momentos daquele género em Portugal, bem como a responsabilidade do aparecimento de toda uma nova geração de bons músicos de jazz, em Portugal e em Espanha.

No Algarve, onde reside desde 1995, criou e dirigiu entre 1995 e 2000 a Big Band “Jazz na Filarmónica” sendo também, desde o mesmo ano, diretor artístico do “Festival Internacional de Jazz de Faro – Jazz no Inverno”.

 

Hilária Kramer
Hilária Kramer é uma trompetista muito conhecida nos circuitos do Jazz na Suíça e, de uma forma geral, nos países de língua germânica, mas pouco conhecida em Portugal.

Frequenta o St. Gallen Jazz School (sob a direcção de Benny Bailey e Art Lande).

Em Itália, integra o quinteto de Claudio Fasoli, com Giannantonio de Vincenzo e com Gianluigi Trovesi.

Em 1989, lança o seu primeiro álbum com um quarteto- Hilária Kramer Quartet.

No mesmo ano, com Mathias  Ruegg, desenvolve um projecto no Art Orchestra Viena- Fe & Males.Toca com diferentes músicos e em diversas formações.

Interessa-se também por música eletrónica e multimédia integrando o Halb Ciber e Zappatronix.

De 2005 a 2010, foi um dos membros do conselho da SMS Syndicate (Música Suiça) – a associação profissional de jazz  e de improvisação suíça. Foi, até 2014, a presidente do Ticino Musica Associazione Improvisata.

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