Música do Festival Som Riscado já se pode ver em Loulé

A música também se vai poder ver no Festival Som Riscado, um novo evento que começou hoje, quinta-feira, em Loulé […]

Cineteatro LouletanoA música também se vai poder ver no Festival Som Riscado, um novo evento que começou hoje, quinta-feira, em Loulé e pode ser desfrutado até domingo.

Este festival pretende ser um ponto de encontro entre a nova música portuguesa e outras artes, numa abordagem experimental inédita no Algarve, que pretende contribuir para o pensamento cultural do concelho.

«O Som Riscado nasce de uma necessidade nossa de escutar Loulé, integrada na estratégia que a Câmara tem para a cultura, e assente num princípio muito básico, que é o de colocar a cultura como um fator de desenvolvimento da cidade e, sobretudo, como fator de pensamento sobre Loulé», explicou ao Sul Informação Dália Paulo, diretora do Departamento de Desenvolvimento Humano e Coesão da Câmara de Loulé.

Hoje, foram lançadas duas intervenções de rua que se prolongam durante o fim-de-semana. A Cerca do Convento acolhe uma instalação artística participativa com a banda Holy Nothing & Rui Monteiro. Ali perto, na Avenida José da Costa Mealha, o artista louletano El Menau uma instalação Street Art. Ambas as iniciativas têm entrada gratuita.

Esta quinta-feira, foi igualmente inaugurada no átrio do Cine-Teatro Louletano a exposição “Anatomias do Som”, com os artistas plásticos Marum Nascimento, Milita Doré e Susana de Medeiros, com direito a uma intervenção sonora de Pedro Cabral Santo.

A partir de amanhã e até domingo, «de forma a estimular e envolver o público mais jovem», estará patente na antiga sede do Atlético (Rua das lojas) uma instalação com esculturas sonoras interativas intitulada C_Vib, com entrada gratuita. Segundo a Câmara de Loulé, estão programadas duas performances interdisciplinares, integradas nessa exposição, com Simão Costa (eletrónica ao vivo) e Yola Pinto (dança), a realizar amanhã às 15h30 e sábado 17h30.

Para os mais pequenos, será apresentada, amanhã, no auditório do INUAF a instalação com teatro de João Fazenda e Pedro Silva Martins «Retrato Falado», dirigida a crianças entre os 6 e os 10 anos.

Ao final da tarde de sexta-feira é inaugurada na Casa da Cultura de Loulé (Parque Municipal) uma instalação audiovisual interativa que, escutando o quotidiano da cidade, questiona experimentalmente o futuro do som de Loulé, a apresentar pelo projeto Boris Chimp 504 e que estará patente até ao fim do festival, dirigindo-se a maiores de 6 anos e com entrada livre.

O dia 1 de abril fecha com uma sessão de vídeo mapping na Avenida José da Costa Mealha, pelas 21h30, com Menau e os Motion Punk Visuals, seguindo-se dois espetáculos no Cine-Teatro Louletano. Às 22h00, sobe ao palco a performance intitulada «My paradise is better than yours”, que junta pela primeira vez, a convite do Festival, o fotógrafo Vasco Célio e dois nomes maiores da improvisação em Portugal, o contrabaixista Carlos Barretto e o acordeonista algarvio João Frade.

Som riscadoÀs 23h30, em estreia absoluta no Algarve e apresentando o seu último álbum «Villa Soledade», atua a reconhecida banda de música experimental Sensible Soccers, que se junta à realizadora louletana Ana Perfeito para mais um encontro inédito entre som e imagem.

«A 2 de abril, e como o Festival também pretende olhar para o património cultural imaterial de Loulé, neste caso a sua música tradicional, e dar-lhe novas leituras e reinvenções, é apresentado pela primeira vez no Algarve o projeto “Sampladélicos” de Tiago Pereira (A música portuguesa a gostar dela própria) e Sílvio Rosado», segundo a autarquia. Este espetáculo decorrerá no auditório do INUAF às 15h30.

Ainda no sábado, o Cine-Teatro Louletano, acolhe a apresentação oficial do álbum audiovisual “Multiverse”, pelos Boris Chimp 504 (dupla Miguel Neto e Rodrigo Carvalho), às 21h30. Este espetáculo junta «música que vai beber ao techno, música psicadélica e noise, acompanhada de visuais audio-reativos gerados em tempo real, de modo a criar uma viagem imersiva profunda de quem a experiencia».

Segue-se, no mesmo espaço, a estreia absoluta no Algarve do «mais reconhecido coletivo de música eletrónica português da atualidade, a banda portuense Holy Nothing», que apresenta um espetáculo inédito em parceria com o artista visual Rui Monteiro às 22h45.

A noite termina no Mercado Municipal, a partir das 00h30, com o after-hours «Dreaming in Tempo», que junta, pela primeira vez, alunos do Curso de Música Eletrónica da ETIC_Algarve com alunos da Licenciatura em Imagem da Animada da Universidade do Algarve.

No último dia do festival, 3 de abril, é realizada uma masterclass sobre criação de projetos audiovisuais com Boris Chimp 504, no auditório do INUAF, entre as 10h00 e as 13h00. Esta iniciativa requer inscrição prévia e tem limite de participantes, dirigindo-se a alunos, professores, músicos, artistas visuais e outros interessados nesta temática.

Segue-se, às 14h30, no Studio43 (Avenida José da Costa Mealha, ao lado do Cine-Teatro), um debate aberto ao público em geral sobre Som e Imagem com moderação de Mirian Tavares e participação de Joana Lessa, Nuno Ribeiro, Pedro Cabral Santo e Rudolfo Quintas.

Às 17h15, há cinema no bar do Cine-Teatro Louletano, com apresentação do documentário «Filho da Arte», sobre o artista plástico Menau, realizado pela Turma de Design de Comunicação e Multimédia da ETIC_Algarve.

holy-nothingO festival encerra no Cine-Teatro Louletano, com o resultado de dois desafios criativos lançados a diferentes artistas, mas também aos alunos da Secundária de Quarteira. Às 18 horas, é apresentado o espetáculo «Ego (is) me», sobre a temática da pegada ambiental e que junta alunos da Escola Secundária Dr.ª Laura Ayres ao projeto musical farense Epiphany. A partir das 19h00, será dado a conhecer o resultado da colaboração entre a dupla Filipe Raposo (piano) e António Jorge Gonçalves (ilustrador e designer gráfico) e o criativo Beau McCLellan.

Todos os espetáculos realizados no Cine-Teatro Louletano têm entrada paga, bem como o after-hours realizado no Mercado Municipal e a masterclass sobre criação de projetos audiovisuais, sendo os restantes formatos de entrada gratuita, limitada à capacidade dos respetivos espaços. Para os formatos pagos é possível adquirir um passe geral para o festival, que custa 15 euros, ou bilhetes diários, com o valor de 8 euros. Maiores de 65 e menores de 30 anos só pagam 5 euros pelos bilhetes diários.

Esta iniciativa da Câmara de Loulé é feita em parceria com a Universidade do Algarve (Escola Superior de Educação e Comunicação, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais e Centro de Investigação em Artes e Comunicação [CIAC]), ETIC_Algarve, Instituto Superior Dom Afonso III (INUAF), Agrupamento de Escolas Dr.ª Laura Ayres (Quarteira), Casa da Cultura de Loulé e Studio43.

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