Presidente da Câmara de Albufeira diz que «ainda é prematura» declaração de calamidade pública

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira considera que «ainda é prematuro» decidir se vai ou não haver declaração de […]

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Carlos Silva e Sousa na Baixa de Albufeira – foto de Nuno Costa|Sul Informação

O presidente da Câmara Municipal de Albufeira considera que «ainda é prematuro» decidir se vai ou não haver declaração de calamidade pública, devido aos prejuízos avultados causados no concelho, em especial na Baixa da cidade, pelas cheias de ontem.

Carlos Silva e Sousa, que falou aos jornalistas por volta do meio dia, acrescentou que o ministro da Administração Interna, que, por estas horas, deverá já estar em Albufeira para se reunir com as autoridades locais, terá «uma palavra a dizer» em relação a essa eventual declaração de calamidade.

O autarca albufeirense, muito cuidadoso com as palavras, disse que, por ele, era «capaz de dizer que sim» à declaração de calamidade, mas sublinhou ainda estar «a receber informação», para poder tomar uma decisão. De qualquer modo, acrescentou, a questão será debatida com o ministro.

Carlos Silva e Sousa admitiu que as inundações de ontem, que chegaram a atingir dois metros de altura no centro de Albufeira, causaram «muitos milhões de euros de prejuízo», em infraestruturas públicas e bens privados, nomeadamente dos lojistas e donos de bares e restaurantes.

O edil albufeirense, nas suas declarações ao jornalistas, disse estar convicto de que «haverá linhas de crédito» para apoio aos comerciantes e empresários que perderam tudo nas cheias, e garantiu que haverá – e já está a haver – «apoio do município».

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Carlos Silva e Sousa a visitar a Baixa de Albufeira – foto de Nuno Costa|Sul Informação

Quanto a eventuais ajudas do Estado, Carlos Silva e Sousa disse que vai «colocar a questão ao senhor ministro». «Vamos debater a situação e fazer uma avaliação muito rigorosa».

O autarca que, ontem, quando se deram as inundações, estava em Londres para reuniões e teve de voltar à pressa ao Algarve, no primeiro voo disponível, acrescentou que, neste momento, já estão no terreno «todos os meios operacionais a trabalhar», em «várias frentes de trabalho».

Está a decorrer, como é visível, a limpeza de ruas, a retirada das lamas e dos detritos, e está-se ainda a «despejar água das caves». Os meios da Câmara estão ainda a «abrir um troço da Avenida da Liberdade que ficou intransitável», de modo a facilitar os trabalhos em curso.

O edil sublinhou que todos estão a ajudar: moradores , donos e funcionários, técnicos da proteção civil e da câmara. «Até há aqui voluntários a prestar ajuda, a pessoas amigas e não só».

Também as infraestruturas vão sendo repostas – a Baixa de Albufeira está sem luz desde ontem, mas «a EDP está a trabalhar para» repor a normalidade. Quanto à água, «já foi restabelecida em alguns pontos», e em breve a situação estará normalizada, espera o presidente da Câmara.

E o que é que falhou para que as cheias tivessem assumido estas proporções de destruição? «Tem de perguntar ao S. Pedro», respondeu o autarca. «Choveu muito e a água conflui no que era uma ribeira», admitiu, ainda assim.

E poderão ser feitas correções no futuro? «Vamos ver, vamos fazer a avaliação de tudo o que pode ser feito por ação humana para eventualmente melhorar a situação», concluiu Carlos Silva e Sousa.

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