Instituto Português do Mar e da Atmosfera apoia reforço da rede sismológica da ilha do Fogo

Paulo Alves e Guilherme Madureira, técnicos da Divisão de Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), apoiam […]

vulcão-fogo1Paulo Alves e Guilherme Madureira, técnicos da Divisão de Geofísica do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), apoiam a operação da rede sismológica da Ilha do Fogo, integrando a equipa da Fundação da Ciência e Tecnologia (C4G) e em colaboração com o Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica de Cabo Verde.

Cinco estações de banda larga do Instituto foram já enviadas para reforço da capacidade de observação sismológica. Outras cinco estações foram igualmente disponibilizadas pela Universidade de Évora.

No dia 23 de Novembro, pelas 10h00 locais, teve início uma erupção no vulcão do Fogo, localizado em Cabo Verde, na ilha com o mesmo nome. A entrada em erupção foi precedida por uma atividade sísmica intensa, com vários sismos a serem sentidos pela população local.

Verificaram-se já graves prejuízos naquela ilha, tendo algumas habitações e estradas sido atingidas pelo avanço das escoadas lávicas. A população de Chã das Caldeiras foi já evacuada. Existem igualmente problemas com as comunicações.

Este domingo, a atividade vulcânica voltou a intensificar-se e a grande quantidade de lava expelida, que chegou a avançar à velocidade de um metro por segundo, destruiu parte da sede do Parque Natural e ameaça soterrar a localidade de Portela, tendo já destruído casas, anexos agrícolas, currais, cisternas e campos de cultivo.

É possível acompanhar as emissões de Dióxido de Enxofre (SO2) pelo vulcão em atividade através de imagens do satélite Meteosat 10 da EUMETSAT.

As imagens da animação em intervalos de 15 minutos entre as 03h15 e 15h00 (hora de Lisboa) de dia 24 de Novembro, resultam da combinação de diferentes canais na região do infravermelho do espetro eletromagnético e permitem identificar o SO2 em tons de verde-água.

Estas imagens, segundo o IPMA, sugeriam ainda a não existência de cinzas vulcânicas na atmosfera naquele período, bem como permitiam também identificar regiões mais quentes na superfície associadas à lava vulcânica.

A última erupção deste vulcão ocorreu em Abril de 1995, no mesmo local da atual. Desde 1500 que há conhecimento de quase 30 erupções, em que as duas últimas ocorreram no século XX, em 1951 e em 1995.

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