Urgências Básicas algarvias passam para o Centro Hospitalar mas problemas podem continuar

Os Serviços de Urgências Básicas (SUB) do Algarve vão passar para a alçada do Centro Hospitalar do Algarve a partir […]

UrgênciasOs Serviços de Urgências Básicas (SUB) do Algarve vão passar para a alçada do Centro Hospitalar do Algarve a partir de 1 de agosto. O anúncio foi feito pelo presidente do Conselho de Administração desta entidade Pedro Nunes, que avisou que os problemas que têm afetado estas unidades de saúde, nomeadamente a falta de médicos, «podem voltar a acontecer».

Segundo revelou Pedro Nunes num encontro com a comunicação social, esta quinta-feira, no Hospital de Faro, «o Hospital não tem recursos humanos suficientes para garantir, também, as urgências básicas», unidades que se situam junto de Centros de Saúde, nomeadamente de Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António. O SUB de Lagos situa-se no Hospital local.

Ou seja, as soluções que o CHA terá de encontrar não vão ser diferentes daquelas que a Administração Regional de Saúde tem vindo a providenciar ao longo dos últimos meses. «Nós recorremos a empresas para contratar médicos, que por vezes falham, principalmente no período de Verão», referiu Pedro Nunes.

Por outro lado, o mais recente contrato de trabalho entre o Governo e os médicos de Medicina Geral e Familiar dos quadros do SNS, «não obriga os médicos de família a fazer urgência». Para que isso aconteça, estes clínicos têm de ser voluntários e estão impedidos de prestar este tipo de serviço durante o seu horário regular de trabalho, que apanha o período entre as 8 e as 20 horas, o que deixa, apenas «o período da noite e fins-de-semana».

«Não havendo esta disponibilidade de médicos de família, haverá momentos, aqui e além, em que os recursos médicos não serão os suficientes», avisou Pedro Nunes. Ou seja, problemas como os que levaram ao fecho temporário das urgências em Loulé, na passada semana, são passíveis de se repetir.

«A mobilização de Médicos de Família para os SUB, como parte do seu horário normal de trabalho, é algo de imprescindível, no futuro», considerou, embora tenha afirmado, mais tarde, que este é um assunto fora da sua esfera de competência, entrando na esfera «política».

Com a responsabilidade, chega a dotação financeira «suficiente». Até final do ano, haverá uma dotação extra de «cerca de 2 milhões de euros», para juntar ao orçamento do CHA de 2014. Este valor refere-se aos cinco meses que restam do ano, o que dá um número anual que rondará os 5 milhões de euros «para fazer face a todos os encargos inerentes aos SUB».

A definição da responsabilidade sobre os SUB surge depois da «intervenção direta do secretário de Estado da Saúde», que já havia emitido um despacho nesse sentido, como o Sul Informação revelou na passada semana. «Fomos informados formalmente ontem, numa reunião que teve lugar na ARS Algarve», acrescentou Pedro Nunes.

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