Já se pode partir à descoberta da Rota dos Vinhos do Algarve

Sete adegas, um passaporte, quatro roteiros, muitos vinhos para provar: é com estes ingredientes que se faz a Rota dos […]

Sete adegas, um passaporte, quatro roteiros, muitos vinhos para provar: é com estes ingredientes que se faz a Rota dos Vinhos do Algarve, que ontem, quinta-feira, foi oficialmente lançada pela Comissão Vitivinícola do Algarve e pela Região de Turismo do Algarve na BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa.

É o culminar de um longo processo, que se arrastava há anos, e que finalmente permite integrar sete adegas, todas situadas no Barlavento algarvio, numa rota visitável pelos turistas. «Estas sete adegas são, para já, aquelas que têm condições para receber visitantes, dispondo de uma loja, um horário, a possibilidade de fazer provas e condições de visita, que passam, por exemplo, por ter instalações sanitárias e estacionamento», explicou ao Sul Informação Carlos Garcias, presidente da Comissão Vitivinícola do Algarve (CVA).

Carlos Garcias acrescentous que a razão porque todas estas sete adegas iniciais da Rota se situam no Barlavento é porque «é nesta zona do Algarve que se situa a maior parte da produção vinícola da região». Mas adiantou que, «muito em breve», a Rota dos Vinhos deverá vir a integrar uma adega no concelho de Tavira – a Quinta dos Correias, perto da Fuzeta. «Tudo depende de eles criarem as condições para receber visitantes de forma regular», disse o responsável pela CVA.

A Rota dos Vinhos do Algarve está dividida em quatro roteiros, alguns integrando apenas e para já uma adega – Roteiro Gil Eanes, que integra o Monte da Casteleja, em Lagos, Arade, integrando a Adega Quinta do Francês, em Odelouca (Silves) e a Quinta do Morgado da Torre, na Penina (Portimão), Mourisco, com a Quinta dos Vales, em Lagoa/Silves, e a Quinta de Mata Mouros, em Silves, e ainda o Roteiro das Falésias, com a Adega do Cantor, na Guia (Albufeira), e a Quinta da Vinha, na Vala (Silves).

Para poder seguir a Rota sem se perderem, os turistas – e residentes – têm ao seu dispor um passaporte, um pequeno livrinho em português e inglês com toda a informação sobre as adegas, mas também sobre monumentos e museus das zonas abrangidas, restaurantes e hotéis aderentes da Rota e até sobre os restantes produtores de vinho, mesmo os que não integram (ainda) esta Rota.

«Este passaporte será distribuído aos turistas, estando disponível no Aeroporto de Faro, mas também nos postos de turismo e nas receções dos hotéis», disse.

Para lançar oficialmente esta Rota, foi criado um website, já disponível online, a brochura/passaporte com os quatro roteiros e toda a informação complementar, um filme promocional, e uma carta de vinhos «Há vinhos no Algarve», a ser utilizada pelos restaurantes aderentes da Rota.

Serão ainda realizadas ações de promoção no Aeroporto de Faro, onde a Rota dos Vinhos do Algarve terá um stand, para proporcionar provas de vinhos, disponibilizar informações e oferecer o passaporte. Esta promoção na principal porta de entrada de turistas na região começa na Páscoa.

Um brinde pelos vinhos algarvios (e com os vinhos algarvios) na BTL

A Rota dos Vinhos, promovida pela CVA com o apoio financeiro da RTA, é operacionalizada pela Associação dos Aderentes da Rota dos Vinhos do Algarve, que integra produtores, mas também restaurantes, hotéis. «Em 2010, a Comissão Vitivinícola do Algarve agarrou neste processo, juntou entidades públicas e privadas, e resolveu arrancar. Para isso foi fundamental o apoio da Região de Turismo, que apoiou financeiramente», disse Carlos Garcias.

Por seu lado, Desidério Silva, presidente da RTA, salientou, em declarações aos jornalistas à margem da apresentação oficial na BTL, que, «quando cheguei à RTA deparei-me com o processo parado. Por isso todo o meu incentivo foi no sentido de se retomar, de fazer a Rota, de fazer um Guia de Vinhos renovado. Claro que tudo isto tem a ver com os produtores, com a sua dinâmica, com tudo o que envolve a oferta. A única coisa que pedi foi que a Rota abrangesse ao máximo toda a região. Isto é o começo, outras adegas se seguirão, certamente».

Carlos Garcias, presidente da CVA, acrescentou, a terminar, que em 2013 o Algarve produziu apenas um milhão de litros de vinho, «o que é muito pouco no contexto nacional». Mas, como haveria de sublinhar Hermínio Rebelo, escanção-mor, são vinhos «de grande qualidade» e, sobretudo, «de qualidade que é cada vez maior». E que agora começam a poder ser descobertos de forma mais organizada pelos visitantes e residentes. Basta apenas munirem-se de um passaporte e partir à descoberta desta Rota dos Vinhos do Algarve.

 

Nota: O Sul Informação visitou a BTL a convite da Região de Turismo do Algarve

 

 

 

 

 

 

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