A coligação «Servir Portimão» votou contra a “assunção de compromissos plurianuais” resultantes do contrato de arrendamento urbano para a instalação da Loja do Munícipe na rua do Comércio, em Portimão, numa votação que teve lugar na Assembleia Municipal de 26 de Fevereiro.
Os membros da bancada da coligação «Servir Portimão» consideram que, face à atual situação financeira da autarquia, “é inaceitável e incompreensível que a Câmara Municipal de Portimão tenha decidido assumir mais uma despesa, no montante mensal de €3.000,00 (três mil euros), a que acrescerão os inerentes custos com as alterações a efetuar no imóvel, com vista à instalação e deslocalização dos serviços a tão curta distância do edifício dos Paços do Concelho, da EMARP, e da Urbis”.
Em comunicado, a coligação afirma: “esta opção é tanto mais grave, quanto não foi precedida de qualquer estudo prévio que nos permita saber quantas pessoas serão atraídas por esta infraestrutura e qual a procura real que a mesma vai ter”.
Os deputados municipais da coligação liderada pelo CDS salientam que por ano será 36000 euros, ou seja, 180.000 euros “em cinco anos – prazo inicial para a duração do contrato – para instalar serviços da autarquia e da EMARP que nenhuma mais valia irão trazer para o centro da cidade”.
Por isso, a «Servir Portimão» considera que “é, no mínimo, estranho que em lugar de preocupar-se com a apresentação de medidas concretas de apoio aos comerciantes do centro de Portimão, o Executivo do Bloco Central (PS-PSD) apenas mostre preocupação em contrair mais despesas, que nem sequer estão devidamente justificadas e que perdurará para além do final do presente mandato”.
No seu comunicado, a coligação acrescenta que “é politicamente inaceitável que tal medida seja aprovada numa conjuntura económica e financeira em que a autarquia não sabe se daqui a poucos meses terá recursos financeiros para cumprir com os seus compromissos correntes!”
Os eleitos pela Coligação «Servir Portimão» registam negativamente “a estranha e anacrónica coligação que aprovou esta proposta, constituída pelas bancadas do PS, do PSD (com exceção de um membro, que se absteve) e da CDU na Assembleia Municipal, sendo caso para perguntar que caminhos são esses por onde andam os “Novos Rumos” Socialistas, ao fim de pouco mais de quatro meses de mandato, em que a coberto de falsos unanimismos, quase todos aprovam sempre quase tudo”.
Os eleitos da Coligação reafirmam assim, a sua intenção de “continuar a lutar por uma nova forma de fazer política, em que os interesses da população, o bom senso, o realismo e o sentido de responsabilidade prevalecerão sempre sobre as manobras políticas de quem prefere o mero show-off na política”.
Comentários