Paulo Gonçalves (Honda) foi esta quarta-feira o melhor português no Dakar2014, ao terminar na 7ª posição, na quarta etapa, uma especial de 352 quilómetros, disputada entre San Juan e Chilecito, que foi ganha pelo espanhol Juan Pedrero (Sherco).
Pedrero teve apenas 29 segundos de vantagem sobre o chileno Francisco Lopez (KTM), 2º classificado, e 3.10 minutos sobre o seu compatriota Marc Coma (KTM), 3º.
Depois de uma noite sem assistência mecânica, já que esta era uma etapa-maratona, o piloto de Esposende teve de percorrer mais de 500 quilómetros sem instrumentos de road-book e com a sua mota parcialmente danificada face aos contratempos do dia anterior, onde cedeu alguns minutos para ajudar o compatriota Ruben Faria, já fora de prova.
Com destino a Chilecito, a organização do Dakar 2014 propôs mais 353 quilómetros de “especial” cronometrada para fechar mais uma difícil travessia da Argentina.
Paulo Gonçalves entrou para a estrada no 65.º lugar, mas, depois de muitas ultrapassagens a pilotos mais atrasados, por entre o imenso pó, acabou por chegar ao final com o sétimo melhor tempo da tirada, atrás do líder da classificação geral, o seu colega de equipa na Honda oficial, o espanhol Joan Barreda Bort.
“Terminei mais uma etapa, esta por sinal difícil, estamos em etapa-maratona e não tive qualquer tipo de assistência mecânica no dia de ontem. Tive de partir muito atrás devido ao azar de ontem, sem roadbook e com a mota algo destruída. Estou contente por ter chegado ao fim em luta pelos lugares da frente, mesmo depois de ter de ultrapassar muitos adversários. Temos muito Dakar pela frente e ainda há muitas hipóteses de recuperar na classificação”, explicou o piloto da Honda HRC.
Paulo Gonçalves está já no “Top 20” da classificação geral, ainda que tenha um pouco mais de duas horas de atraso para o líder. No entanto, é ainda aguardada a reposição do tempo que o piloto português esteve parado a assistir Ruben Faria no dia de ontem.
Tendo em conta as atribulações de Paulo Gonçalves, o melhor português na Geral é o seu colega de equipa Hélder Rodrigues, que nesta quarta etapa teve problemas mecânicos, acabou em 17º e caiu para a 15ª posição, a 1:35.35 horas de Barreda.
“Este Dakar está a ter um início extremamente duro e difícil. Tenho tido que superar diversos problemas e hoje voltei a não conseguir fazer a etapa ao nível de que eu gostaria. Continuamos todavia em prova e temos ainda muita corrida pela frente. Vamos tentar fazer melhor nos próximos dias”, disse Hélder Rodrigues.
Por seu lado, Mário Patrão terminou com o 49º melhor tempo os 353 quilómetros da “especial” cronometrada, depois de ter estado envolvido na luta pelo “Top 10” nos momentos iniciais da tirada, e subiu um lugar na geral, para 35.º, mas já a mais de quatro horas do líder.
Pedro Bianchi Prata (Husqvarna) e Pedro Oliveira (Speedbrain) terminaram o dia nos 47º e 53º postos, respetivamente. Na geral, Oliveira mantém-se em 37º e Bianchi Prata é agora o 38º, tendo saltado duas posições.
Por seu lado, Victor Oliveira (Husqvarna) teve muitos percalços e só terminou a tirada na 113ª posição, tendo caído na Geral para 75º.
A liderança da prova continua a ser assegurada pelo espanhol Joan Barreda (Honda), que nesta quarta etapa até perdeu mais de 13 minutos devido a um problema na navegação, tendo chegado ao final da especial apenas na 6ª posição.
A 3.10 minutos está Marc Coma, que continua em 2º, com 5.12 de vantagem sobre Francisco Lopez, que para já completa o pódio.
Esta quinta-feira, 9 de janeiro, ao quinto dia de Dakar 2014, a caravana do Dakar2014 ruma para Tucuman, ainda na Argentina, para a mais longa das etapas até agora disputadas. Um total de 384 quilómetros de ligação e mais 527 de troço cronometrado perfazem o novo programa.
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