Parque Escolar deixa alunos da Secundária de VRSA sem aulas de educação física

Alunos, professores e encarregados de educação da Escola Secundária de Vila Real de Santo António manifestaram-se, esta segunda-feira, primeiro dia […]

Alunos, professores e encarregados de educação da Escola Secundária de Vila Real de Santo António manifestaram-se, esta segunda-feira, primeiro dia de aulas do segundo período, para reclamar a retirada das duas dezenas de contentores e a ocupação das 21 novas salas de aula.

A ação de protesto ocorre três dias depois de a Câmara de VRSA ter disponibilizado meios humanos e iniciado a transferência do material escolar dos contentores para as salas de aula já concluídas, «iniciativa aplaudida pela comunidade escolar, mas contestada unilateralmente pela Parque Escolar, que repôs todo o material nos contentores durante o fim de semana».

«Temos um conjunto de novas salas onde apenas faltam terminar questões de pormenor, mas, em alternativa, a Parque Escolar prefere manter um milhar de alunos e professores em contentores que já não oferecem as mais elementares condições de segurança e aprendizagem», nota Luís Gomes, presidente da Câmara Municipal de VRSA.

Uma vez que o pavilhão desportivo da Escola Secundária também já se encontra concluído e pronto a utilizar, a autarquia de VRSA irá deixar de facultar as suas infraestruturas desportivas municipais para as aulas de educação física, medida que estava vigor há três anos e que já representou para a Câmara Municipal um encargo na ordem dos 150 mil euros.

«Não é razoável que os alunos tenham de continuar a percorrer mais de um quilómetro para fazer aulas de educação física quando temos uma escola com um pavilhão e com campos desportivos já terminados e prontos a utilizar», frisa o autarca vila-realense.

«Tentamos, há mais de um mês, entrar em contacto com a Parque Escolar e com o Ministério da Educação para obter uma justificação para esta e outras questões, mas não obtivemos uma única resposta. Só podemos encarar esta atitude como uma falta de respeito pelos órgãos democráticos e por isso hoje temos de estar na rua ao lado de pais, professores e alunos», conclui Luís Gomes.

A requalificação da Secundária de VRSA, em funções desde 1963, foi integrada no Projeto de Modernização das Escolas Secundárias, promovido pela tutela e desenvolvido pela EPE. A empreitada foi orçamentada em 12 milhões de euros, tendo como duração prevista de execução o prazo de dezasseis meses.

As intervenções deveriam ter ficado concluídas no final de 2011, mas a falta de pagamentos ao empreiteiro, os processos de redução de custos durante a obra, bem como o atraso na emissão de ordens de execução – por parte da Parque Escolar – provocaram o atraso das obras e a paragem dos trabalhos durante quase um ano.

Além dos estudantes de VRSA, a Escola Secundária recebe os alunos do ensino secundário provenientes dos concelhos vizinhos de Alcoutim e Castro Marim.

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