Hospital de Portimão vai ter central de cogeração para climatizar todo o edifício

O Hospital de Portimão vai inaugurar em abril uma central de cogeração que permitirá produzir ar frio suficiente para climatizar […]

O Hospital de Portimão vai inaugurar em abril uma central de cogeração que permitirá produzir ar frio suficiente para climatizar todo o edifício e combater os habituais problemas de climatização nos picos de calor, informou o administrador.

Segundo José Ramos, esta será uma das primeiras centrais de cogeração a sul do Tejo, processo através do qual são geradas duas formas de energia ao mesmo tempo, neste caso a elétrica e a térmica, que pode servir para produzir calor e frio.

A energia elétrica vai ser injetada na rede pública e parte da energia térmica servirá para produzir frio, resolvendo os problemas de climatização do edifício, que até agora só tinha cerca de 30% da sua área completamente refrigerada.

“A capacidade de refrigeração era muito deficiente, sobretudo no pico do verão e nos pisos mais altos”, reconheceu José Ramos, sublinhando que a ventilação existente era sobretudo dirigida às áreas críticas, como o bloco operatório ou os Cuidados Intensivos.

O administrador hospitalar salientou que não só os utentes e os funcionários do hospital serão beneficiados, como também o ambiente, já que o sistema permite reduzir a emissão de dióxido de carbono para a atmosfera em 900 mil toneladas por ano.

A operação, que custa mais de dois milhões de euros, vai ser suportada por uma empresa do setor da energia que, durante dez anos, irá explorar a central, período durante o qual se prevê uma poupança de mais de um milhão de euros em energia.

No fim dessa década, toda a estrutura passa para o hospital, que, com o de Lagos, integra o Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio (CHBA).

A central deverá ser inaugurada no início de abril, prevendo-se que no verão esteja em pleno funcionamento.

A unidade de Lagos não será dotada daquele sistema por estar instalada num edifício muito antigo.

Em 2008, o Instituto Nacional Ricardo Jorge apresentou um estudo que revelou que a sobrevivência dos doentes internados em serviços climatizados é superior à dos doentes internados em serviços com carência ou inexistência de climatização (40%).

Comentários

pub