Águas do Algarve reforça produção de energia verde através da fotovoltaica e biogás

A Água do Algarve SA reforçou a sua produção de energia verde, através dos sistemas fotovoltaicos, da central de aproveitamento […]

A Água do Algarve SA reforçou a sua produção de energia verde, através dos sistemas fotovoltaicos, da central de aproveitamento de biogás e de um projeto-piloto de mini-hídrica, anunciou a empresa.

Assim, foi colocada em exploração, no início do corrente mês de março, uma central de aproveitamento de biogás resultante do processo de tratamento da ETAR de Lagos, para a produção de energia elétrica.

A empresa acrescenta que foram também instalados por toda a região 55 sistemas de Microprodução Fotovoltaicos – com uma potência unitária de 3.68 kW – e dois sistemas de Miniprodução Fotovoltaicos – com uma potência unitária de 93 kW.

Foi instalado ainda um projeto-piloto de uma central micro-hídrica, consumindo-se na instalação toda a energia elétrica produzida.

Existem igualmente em carteira três projetos, no âmbito da aproveitamentos solares fotovoltaicos que, ao concretizarem-se, em conjunto com os outros, permitirão à empresa produzir cerca de 5% da energia elétrica total consumida anualmente e, reduzir o seu encargo em cerca de 16%.

A Águas do Algarve salienta que «a União Europeia, Portugal é, depois da Grécia e da Espanha, o país com maior potencial de aproveitamento de energia solar. Com mais de 3000 horas/ano no Algarve, o nosso país dispõe de uma situação privilegiada para o desenvolvimento de energia fotovoltaica».

Desta forma, a Águas do Algarve tem vindo a concretizar diversos investimentos diferidos no tempo, no âmbito de aproveitamentos de energias alternativas para a produção de energia elétrica, integradas nos sistemas multimunicipais de abastecimento de água e de saneamento do Algarve, refletindo o quadro de sustentabilidade económica e ambiental que tem pautado a sua atividade.

Os sistemas de Microprodução Fotovoltaicos aproveitam os regimes remuneratórios bonificados disponibilizados pelo Governo, que mitigam o risco intrínseco ao retorno do investimento, fixando as tarifas remuneratórias num período pré-determinado, injetando a totalidade da energia elétrica produzida na Rede Elétrica de Serviço Público.

No seu conjunto, estas instalações, que integram o ativo da empresa, produzem anualmente um volume de energia elétrica na ordem dos 609 MWh, evitando, quer a emissão de aproximadamente 287 toneladas de CO2 (dióxido de carbono) e para efeito da contabilização da intensidade carbónica por emissão de gases com efeito de estufa, quer o consumo de 131 tep (tonelada equivalente petróleo), considerando o rendimento elétrico médio das centrais termoelétricas que usam combustíveis fósseis.

A central de aproveitamento de biogás na ETAR de Lagos beneficia também do regime remuneratório da minigeração, prevendo-se uma produção anual na ordem dos 250 MWh e, evitando, quer a emissão de aproximadamente 118 toneladas de CO2 e para efeito da contabilização da intensidade carbónica por emissão de gases com efeito de estufa, quer o consumo de 54 tep, considerando o rendimento elétrico médio das centrais termoelétricas que usam combustíveis fósseis.

A energia elétrica produzida representará cerca de 21% da energia elétrica consumida nas instalações de utilização de energia da ETAR de Lagos e a receita representará cerca de 31% dos encargos totais nesta rubrica.

Apostando na diversificação dos aproveitamentos destes recursos endógenos, quer da região, quer dos ativos que integram a concessão da empresa, foi instalado ainda um projeto-piloto de uma central micro-hídrica.

Todas estas medidas assumem, segundo a Águas do Algarve, «especial relevância», já que permitem reduzir «a exposição da empresa às variações de preços de energia, formadas em regime de mercado e que incorporam ainda variações emergentes das tarifas de acesso às redes, fixadas anualmente pela ERSE, trazendo valor acrescentado à nossa atividade».

 

Como funcionam estes sistemas?

De acordo com o portal de energia, nos sistemas fotovoltaicos, a radiação do sol é convertida em energia elétrica por intermédio dos chamados semicondutores, que são configurados em elementos denominados de células fotovoltaicas.

Uma vez que cada célula produz uma corrente contínua de intensidade relativamente fraca, procede-se à sua associação para obter, após encapsulamento, um conjunto denominado módulo fotovoltaico.

O agrupamento de módulos, colocados numa mesma estrutura de suporte, forma um painel. Quando incide luz solar com energia suficiente sobre estas estruturas, produz-se uma corrente de eletrões, obtendo-se assim energia elétrica utilizável.

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