Depois de um domingo dedicado ao descanso, o Dakar2013 volta hoje às pistas, já na Argentina. A 9ª etapa liga San Miguel de Tucumán a Córdoba, com um total de 852 km, dos quais 593 km de especial cronometrada.
Os concorrentes irão encontrar um percurso muito técnico, grande parte dele no meio da floresta. Esta será a especial mais longa do Dakar 2013 e marca o início da segunda metade do rally.
Ruben Faria terminou a primeira metade da prova classificado em 2º lugar, acima do seu chefe de fila da equipa KTM/Red Bull, o francês Cyril Després. A segunda metade da prova também não trará facilidades para os pilotos.
A primeira semana do Dakar 2013 provou mais uma vez que as incertezas e os imprevistos fazem parte desta aventura, independentemente da equipa ou do piloto.
Houve vencedores diferentes em várias etapas, cinco pilotos a liderarem a classificação geral, alterações no percurso, problemas mecânicos, quedas, falhas de navegação, dunas quase intransponíveis, descidas vertiginosas, passar onde normalmente passam os aviões (Cordilheira dos Andes 4000 metros de altitude), neve, areia, frio, calor, estes e muitos outros fatores continuam a fazer com que o Dakar seja um dos maiores desafios a que um ser humano possa estar sujeito.
Dos restantes motards portugueses, Hélder Rodrigues (Honda) é 14º da Geral, Paulo Gonçalves (Husqvarna) é 24º, Mário Patrão (Suzuki) é 39º, e Pedro Bianchi Prata (Husqvarna) é 92º.
Ruben Faria comentou a primeira metade do rally dizendo que “foi uma boa semana, apenas com um pequeno percalço na estratégia da KTM/Red Bull devido ao problema do Cyril” (problemas no motor).
“Em termos desportivos, tem sido um Dakar bastante disputado. Prova disso são os diferentes pilotos que já passaram pela liderança da prova”, acrescentou o piloto português.
“Quanto à minha prestação, tenho estado a desempenhar bem o meu papel de aguadeiro do Cyril e, ao mesmo tempo, estou bem posicionado na geral. Estou muito bem fisicamente e bastante tranquilo. A minha KTM continua perfeita e, depois da revisão geral de hoje [domingo, dia de descanso], está prontíssima para a segunda parte da prova”.
Ruben acrescenta que a estratégia a partir de hoje “irá continuar a mesma e se, no final, isso contribuir para um bom resultado para mim, melhor ainda”.
Hélder Rodrigues, por seu lado, comentou: “tivemos alguns problemas no segundo e no terceiro dia, o que nos fez perder um tempo precioso, mas a corrida ainda está em aberto e eu vou continuar a lutar com a mesma determinação com que estava à partida”.
“Como pilotos, temos de manter a nossa concentração ao longo das muitas horas em que estamos sozinhos no deserto, precisamos de confiar em nós mesmos, tomar as decisões certas no momento certo, sendo rápidos, mas sempre com um olho no road book. Para além disso temos que ter há capacidade mecânica para reparar a máquina, sempre que algo acontece ao longo da prova. É isto o que faz com que o Dakar seja tão especial”, acrescentou o piloto português da Honda.
Por seu lado, nos automóveis, o português Carlos Sousa (Great Wall) mantém-se no top 10, ocupando precisamente a 10ª posição da Geral.
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