Governo já começou a pagar compensações a mariscadores e pescadores algarvios

O Governo já começou a pagar compensações aos profissionais da pesca afetados pela interdição da apanha de bivalves devido à […]

O Governo já começou a pagar compensações aos profissionais da pesca afetados pela interdição da apanha de bivalves devido à presença de toxinas prejudiciais à saúde, que vigorou durante um mês na Ria Formosa e ainda se mantém em algumas zonas da costa. Já começaram a ser efetuados pagamentos e num comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território anunciou que irá avançar esta semana com uma nova leva de apoios, que irão beneficiar 40 profissionais, através do Fundo de Compensação Salarial (FCS) dos Profissionais da Pesca.

Estes apoios serão dados a «apanhadores, armadores e tripulantes que apresentaram as suas candidaturas entre 4 e 22 de outubro» e têm um valor global de 16 mil euros. Entretanto, quem fez o pedido mais cedo já recebeu, disse ao Sul Informação o dirigente do Sindicato das Pescas do Sul Josué Marques.

«Ainda ontem recebemos a informação de um dos nossos associados que o dinheiro já lhe tinha caído na conta. Habitualmente demora cerca de quatro meses, mas este profissional apresentou o pedido a 27 de setembro e menos de um mês depois já recebeu. Isso demonstra que valeu a pena a pressão que fizemos sobre o secretário de Estado do Mar», disse Josué Marques. Uma celeridade que deverá estar associada aos alertas vindos de diversos setores e que tiveram forte eco na comunicação social regional e nacional.

Ainda assim, o associado do sindicato terá «recebido menos por esta paragem, que foi de 31 ou 32 dias daquilo que recebeu na última vez que acedeu ao FCS por uma paragem de 20 e poucos dias». «Vamos agora saber o que se passou, pois as contas não estão bem feitas», assegurou.

No comunicado do Ministério é ainda referido que a Direção Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos está «a analisar as candidaturas relativas aos trabalhadores das embarcações de pesca com ganchorra e os apanhadores de marisco, num total de 61 trabalhadores e com uma compensação prevista de 24,6 mil euros».

«A lei prevê a compensação das perdas de rendimento dos profissionais obrigados a parar a atividade desde que sejam titulares de cédula marítima válida e que exerçam a sua atividade, em exclusividade, a bordo de embarcações de pesca licenciadas mas temporariamente imobilizadas e apresentem declarações da Segurança Social e das Finanças», dizia o mesmo documento.

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