Mais quatro Escolas Básicas vão fechar no Algarve este ano (corrigido)

Mais quatro escolas básicas do 1º ciclo de quatro concelhos vão fechar no Algarve, uma pequena percentagem das 239 que […]

Mais quatro escolas básicas do 1º ciclo de quatro concelhos vão fechar no Algarve, uma pequena percentagem das 239 que vão fechar em todo o país, segundo anunciou esta segunda-feira o Ministério da Educação e Ciência.

Assim, vão fechar as escolas EB1 de Mar e Guerra, em Faro, e ainda as EB1 da Meia Praia, Sargaçal e nº2, em Lagos.

Estes encerramentos são pacíficos e contam com a concordância das Câmaras dos dois concelhos.

Macário Correia, presidente da Câmara de Faro, disse que se trata da «melhor opção» para os alunos, salientando que os alunos de Mar e Guerra têm, a«escassas centenas de metros», as escolas de Vale Carneiros e Neves Júnior, que os vão receber.

Em Lagos, o autarca Júlio Barroso lembra que, pelo menos num dos casos, a EB1 nº 2, o fecho até já tinha estado previsto para o ano letivo passado. No ano passado, já não entraram alunos para o 1º ano, precisamente a prever o fecho definitivo.

No caso da Meia Praia, a escola, frequentada por 18 alunos, não tinha sequer refeitório e os miúdos tinham que ser levados de autocarro à hora de almoço. «Na Escola P3 há salas disponíveis e os alunos serão integrados em turmas dos seus anos, em vez de estarem todos os quatro anos na mesma sala».

Júlio Barroso considera que o encerramento das três escolas no seu concelho é «muito melhor para as crianças, para as famílias e mesmo para o ensino».

O distrito de Faro é, a par do de Beja, aquele em que fecham menos escolas em todo o país, já que a maioria dos estabelecimentos com poucos alunos já tinham fechado em anos letivos anteriores.

No distrito de Beja, fecham cinco escolas: Semblana (Almodôvar), Jungueiros (Aljustrel), e ainda de Pereiras – Gare, Amoreiras – Gare (Odemira) e Panóias (Ourique).

Por regiões, na área abrangida pela Direção Regional de Educação do Norte é onde vão encerrar mais estabelecimentos (126), seguida do Centro (66), Lisboa e Vale do Tejo (33), Alentejo (10) e Algarve (4).

O ministro da Educação defendeu que «esta é uma medida em que a poupança é pequena comparada com as vantagens grandes educativas».

Nuno Crato disse ainda estar convencido de que as Câmaras Municipais vão assegurar, «da mesma maneira que têm assegurado até agora», o transporte escolar dos alunos deslocados das escolas encerradas.

«Nós contamos com a colaboração das autarquias sempre. Estamos todos a trabalhar para que isto funcione», acrescentou o ministro.

O Ministério da Educação anunciou esta segunda-feira, através de comunicado, que 239 escolas do primeiro ciclo do ensino básico vão encerrar no próximo ano letivo, num processo que irá continuar em 2013.

Segundo o comunicado do Ministério da Educação, «em todos os casos, estes encerramentos decorrem em articulação com as respetivas autarquias, atendendo à melhoria da qualidade do ensino». Garante também que os professores das escolas a fechar serão «enquadrados nos seus grupos disciplinares e poderão contar com o apoio de outros docentes».


«Os alunos destas escolas iniciam o novo ano letivo em centros escolares ou outros estabelecimentos de ensino com infraestruturas e recursos que permitem melhores condições para o seu sucesso escolar», diz a nota do MEC, que acrescenta qu, deste modo, os jovens alunos «poderão contactar com colegas da mesma idade, terão acesso a bibliotecas, poderão desenvolver atividades físicas e participar em ofertas de escola mais diversificadas».

Com este anúncio, salienta o jornal «Público» na sua edição online, o número de escolas do primeiro ciclo encerradas desde o ano letivo 2005/2006 sobe para 3720. No próximo ano estarão em funcionamento 2330 escolas a lecionar até ao quarto ano de escolaridade.

 

Corrigida às 13h19 – alterando o número de escolas a fechar no Algarve e a localização dessas escolas

 

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