Jovens militares da GNR têm de dormir em celas da antiga prisão de Loulé

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) denunciou esta quarta-feira que jovens militares da GNR têm de dormir nas antigas […]

A Associação dos Profissionais da Guarda (APG) denunciou esta quarta-feira que jovens militares da GNR têm de dormir nas antigas celas da prisão onde agora funciona o posto de Loulé, por não terem dinheiro para alugar casa.

A APG sublinha que «as instalações em Loulé eram uma antiga prisão que, há cerca de duas décadas, não reunia condições para os presos e deixou de funcionar como tal. O que é inacreditável é que se entenda que estas instalações servem para a GNR. Há celas individuais, onde pernoitam dois profissionais! Estes profissionais são deslocados das suas residências e, por insuficiência económica, não têm alternativa a não ser habitar estas celas».

Após uma volta de dois dias ao Algarve, a Delegação Sul da APG/GNR diz que se deparou com «situações deploráveis no que diz respeito a meios e instalações», em Loulé, Almacil, Quarteira e Lagos.

No Posto Territorial e Destacamento de Loulé e do Posto de Almancil,  as «condições de funcionamento e habitabilidade atentam contra a dignidade e imagem da Instituição, não servindo nem aos profissionais nem aos cidadãos».

Mas a associação critica também as condições de funcionamento do Posto Territorial de Lagos, «com tetos a cair, com infraestruturas extraordinariamente degradadas e que, mesmo não possuindo condições para os profissionais e para atender as populações, não se avizinha uma qualquer intervenção da Tutela no sentido de corrigir esta situação».

Outro caso é o do Posto Territorial de Quarteira, «instalado numa infraestrutura provisória que se tem vindo a tornar-se cada vez mais definitiva», «com divisões em pladur, não obedecendo a quaisquer requisitos de segurança ou mesmo de saúde pública, já que, para que o ar seja respirável, o ar condicionado tem que estar permanentemente ligado».

A APG denuncia ainda que os agentes da GNR têm de usar a sua própria internet móvel, «dado que a intranet e a internet que servem o sistema não correspondem às necessidades de expediente, designadamente à elaboração de queixas, tornando o processo insuportavelmente moroso, caindo-se no cúmulo de não se conseguirem abrir anexos com tamanho superior a 1 MB num período de tempo aceitável, passando uma péssima imagem para o cidadão».

A associação revela ainda que já pediu reuniões às Câmaras de Loulé e Lagos, para as «sensibilizar e solicitar sua colaboração», embora a APG diga ter «consciência que esta matéria está fora do âmbito das suas obrigações e esfera de responsabilidades enquanto autarquias».

 

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