As chamas continuam a a devorar a serra de Tavira. Durante a noite, quando eram cerca da 1h30 da madrugada, o incêndio ficou reduzido a três frentes mas nem por isso a noite foi mais calma nos concelhos de Tavira e S. Brás de Alportel, tendo em conta vários relatos de moradores nas redes sociais.
Depois de ontem o fogo ter passado para o vizinho concelho de São Brás de Alportel, viveram-se horas de grande aflição na zona, com muitas povoações e casas dispersas. Houve mesmo a necessidade de evacuar algumas zonas.
Em Tavira, o fogo “desceu” para Sul cerca de 30 quilómetros e está agora bem perto da cidade, numa zona também bastante povoada, com muitas casas dispersas.
Ainda durante a madrugada, quando eram 3h00, o ministro da Administração Interna Miguel Macedo visitou o Posto de Comando Operacional instalado no Cachopo, reunindo-se com o presidente da Câmara Municipal de Tavira, que lhe pediu que decretasse o estado de calamidade pública no concelho.
No terreno continuam a combater as chamas, segundo o site da Proteção Civil, 635 homens, apoiados por 151 veículos que, com o nascer do dia, vão voltar a poder contar com o apoio de meios aéreos para tentar dominar as três frentes de fogo ainda ativas.
As autoridades portuguesas vão voltar a pedir a Espanha o apoio do avião Canadair que ontem interveio no teatro de operações da serra de Tavira. No entanto, a cedência deste meio aéreo está dependente da avaliação que as autoridades espanholas fizerem do seu próprio risco.
Este é já o terceiro dia de chamas na serra de Tavira. O incêndio deflagrou na quarta-feira à tarde, às 14h10, na zona da Catraia.
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