A ACTA-A Companhia de Teatro do Algarve vai começar a mudar material da sua sede para o Teatro Lethes, em Faro, muito em breve, espaço cultural que deverá começar a gerir, oficialmente, antes do final do ano. A companhia de teatro será responsável pela programação do espaço e já agendou uma reunião com agentes culturais da região para começar a preparar o cartaz.
O diretor da ACTA Luís Vicente revelou ao Sul Informação que já está tudo «mais ou menos acertado» com a Câmara de Faro, que gere atualmente o espaço através da empresa municipal Teatro Municipal de Faro.
Em causa estão apenas pormenores de quando será assinado o protocolo, cujo texto final já foi acordado, que «provavelmente, acontecerá numa cerimónia oficial a ter lugar em Outubro».
Outubro é, de resto, o primeiro mês em que a ACTA conta ser a responsável pela programação do espaço. E vai começar a prepará-la já na semana que vem. «Na sexta-feira, dia 13 de julho, vamos reunir com agentes culturais locais, para começar a preparar a programação para o semestre que vai de outubro de 2012 a março de 2013», disse.
A inclusão de outros agentes na programação é uma intenção que a ACTA «tem desde o momento em que se propôs gerir o Lethes» e pode assumir diversas formas. Por um lado, podem tratar-se de produções com a marca da casa, ou seja, da ACTA, que a companhia assume.
Mas também está aberta a possibilidade de ceder o espaço para que agentes culturais produzam espetáculos «da sua inteira responsabilidade». Tudo dependerá, obviamente, da disponibilidade de datas e de um pedido do espaço atempado.
«Tudo terá de ser programado com a devida antecedência. Vamos preparar programação para um semestre, mas quando a lançarmos apenas divulgaremos o primeiro trimestre. Sempre que divulgarmos a programação de três meses, temos de ter fechada pelo menos a dos seis meses seguintes», explicou Luís Vicente.
A vontade da ACTA em fazer do Teatro Lethes a sua casa e de se tornar a companhia residente deste secular espaço cultural farense é já antiga e tem tido retorno da parte da Câmara de Faro. Mas o facto de o edifício pertencer à Cruz Vermelha Portuguesa, que o cedeu à autarquia, além de outros fatores, levou a que as negociações fossem demoradas.
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