Mikko Hirvonen venceu Rally de Portugal

Mikko Hirvonen venceu este domingo o Vodafone Rally de Portugal, uma edição da prova marcada pelo mau tempo e por […]

Mikko Hirvonen venceu este domingo o Vodafone Rally de Portugal, uma edição da prova marcada pelo mau tempo e por muitas peripécias.

O piloto finlandês não ganhou nenhuma classificativa, mas foi o mais regular dos pilotos em prova, que ficou marcada por muitas saídas de pista e penalizações por etapas não terminadas.

Portugal voltou a ser talismã para equipa Citröen, que ganha o Rally de Portugal pela terceira vez consecutiva, apesar de ter visto o seu membro e campeão do mundo em título Sebastien Löeb a desistir logo no primeiro dia. Hirvonen ganhou pela primeira vez em Portugal, sucedendo a Ogier, que este ano ficou em oitavo. Os restantes lugares do pódio foram para Østberg e Novikov.

Também em destaque esteve Dani Sordo, que depois de um começo tremido, arrancou para uma série de melhores tempos em classificativas e acabou por ganhar o Power Stage, a última etapa da edição deste ano do rali. Os pontos extra que a classificativa especial confere, para a luta pelo título mundial, foram ainda para Latvala e Tänak.

No último dia de prova, os pilotos da Ford Jari Latvala e Petter Solberg foram os mais rápidos e tentaram recuperar o atraso motivado por acidentes no segundo dia de prova. Um esforço que ainda permitiu a Solberg subir ao 4º posto da geral, mas que não foi o suficiente para Latvala chegar aos pontos.

O português Armindo Araújo acabou a prova em 16º lugar, depois de ontem ter tido problemas no seu carro.

 

Hirvonen estreia-se a vencer com a Citroën

Mikko Hirvonen alcançou a sua primeira vitória no Vodafone Rally de Portugal e também se estreou a ganhar com as cores da Citroën. O finlandês terminou a 46ª edição da jornada portuguesa do campeonato do Mundo de ralis com uma vantagem de 1m51,8s sobre o segundo classificado, Mads Ostberg. Mas não foi só o nórdico que fez a festa. Outros pilotos celebraram efusivamente por terem conseguido chegar ao fim depois de terem passado por inúmeras dificuldades ao longo dos quatro dias de competição.

Na edição deste ano, a meteorologia teve um papel importante na definição da classificação final, e o último dia de prova não foi excepção. Logo de manhã, o sol marcou presença e a temperatura subiu. Mas os troços da derradeira secção foram fustigados por chuva forte e os pisos enlameados tornaram-se um teste ainda mais exigente para a perícia dos pilotos. A maioria das equipas já tinha usado, nos dias anteriores, os dez pneus macios a que tinha direito. E, por isso, foram muitos aqueles que entraram com cautelas. Ninguém queria cometer erros e ficar pelo caminho, especialmente Hirvonen.

O vice-campeão do Mundo era o único piloto oficial da Citroën em competição desde que Loeb abandonou, ainda no primeiro dia, devido a uma saída de estrada. Calculista, Hirvonen geriu o andamento durante praticamente todo o evento porque o seu objectivo era terminar o Vodafone Rally de Portugal. Devido à sua consistência e uma criteriosa utilização dos pneus, Hirvonen acabou mesmo por subir ao lugar mais alto do pódio pela 15ª vez na sua carreira, primeira com a Citroën. “Fizemos exactamente o que estava planeado. O dia de sexta-feira foi muito difícil e traiçoeiro. Tive de me concentrar ao máximo. Fi-lo por mim e pela equipa.”

Mas não foi só Hirvonen que chegou ao Estádio do Algarve, para a cerimónia, com um sorriso na face por ter terminado no pódio. Mads Ostberg e Evgeny Novikov sentiram as suas posições, segunda e terceira, respectivamente, em perigo no último dia de prova devido a problemas mecânicos nos seus carros. O Fiesta WRC do norueguês teve problemas de motor que quase lhe arruinavam a sua prova. O propulsor começou a falhar e chegou a entrar em modo de ligação, no qual a potência é reduzida face ao modo de competição. Felizmente para as ambições do norueguês, os seus mecânicos conseguiram resolver a situação para os troços da tarde e o jovem nórdico conseguiu segurar o segundo posto.

Evgeny Novikov também chegou a pensar que iria perder a sua melhor classificação de sempre num rali do Mundial. No final da antepenúltima classificativa, a 20ª, o cabo do acelerador do seu Fiesta partiu-se e o carro tornou-se praticamente inguiável. Mas graças à experiência do seu co-piloto, o experiente Denis Giraudet, o piloto russo conseguiu resolver o problema e manter o último lugar do pódio.

Os pilotos oficiais da Ford, Jari-Matti Latvala e Petter Solberg, mantiveram a sua missiva: tentar recuperar posições. Mas, para Latvala, o problema mecânico da véspera custou-lhe demasiado tempo e o finlandês não foi alem do 14º lugar absoluto, apesar de rubricar impressionantes tempos em alguns troços da etapa de hoje. Solberg, por seu turno, ainda sonhou com uma entrada no pódio, mas acabou por ficar em quarto.

Depois de sofrer com furos no seu DS3 WRC, Nasser Al-Attiyah conseguiu recuperar o quinto lugar na última especial do rali, posição que já tinha dito querer de manhã. O qatari teve uma condução consistente e só o furo o relegou para sexto na penúltima classificativa. Então, na Power Stage, o piloto correu todos os riscos que podia para, num traçado cheio de lama e muito escorregadio, voltar ao quinto posto, à frente de Martin Prokop.

Destaque, ainda, para Dani Sordo, que foi outro dos vencedores do dia. O espanhol ganhou a Power Stage com o tempo de 3m10,4s, três décimos menos do que Jari-Matti Latvala. O piloto do Mini aproveitou o facto de passar quando a especial ainda não estava encharcada para conquistar os três pontos extra da vitória nessa classificativa.

Armindo Araújo teve um dia complicado com furos e um pião. Sem nada a ganhar, o piloto português limitou-se a levar o Mini até ao fim para agradecer aos seus adeptos e apoiantes.

 

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