Rumar aos pólos nem sempre é sinónimo de frio intenso

Os dois investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMar) da Universidade do Algarve, que chegam no final do mês […]

Os dois investigadores do Centro de Ciências do Mar (CCMar) da Universidade do Algarve, que chegam no final do mês à Ilha King George, na Antártida, não deverão ter problemas de adaptação à temperatura local, uma vez que no Hemisfério Sul estarão em pleno Verão.

«Digamos que as temperaturas que vamos encontrar nesta altura do ano são semelhantes a Faro à noite, ligeiramente mais frias, mas serão positivas. O que pode ser menos confortável são os ventos fortes e a chuva. A Antártida é o continente mais ventoso da terra», revelou Adelino Canário.

«Não tivemos de fazer nenhuma preparação física especial. É evidente que temos de estar em boa forma física e para isso tivemos de fazer vários exames médicos e ser aprovados por um comité médico espanhol», acrescentou o também professor da UAlg, que já esteve na Antártida há alguns anos no âmbito de uma colaboração internacional.

Estes cuidados são fulcrais, quando se fala em viajar para um local tão isolado e inóspito como o continente antártico. «Ninguém deve partir com mazelas que, num ambiente um pouco agressivo, possam colocar a sua saúde em perigo e também a dos outros, que têm de cuidar dele», explicou.

Ao mesmo tempo, é necessário ter um treino especial quando se chega à Base. Os primeiros dias são dedicados a aprender as regras de segurança e de funcionamento da base, mas não só. «Também temos de fazer treino de sobrevivência, dormir numa tenda montada no exterior e aprender a alimentar-nos apenas de comida desidratada. Aprendemos como utilizar a neve para fazer uma refeição», contou Adelino Canário, baseado na sua experiência.

 

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Fotos de: Adelino Canário

 

 

 

 

 

 

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