Chamar cada vez mais jovens olhanenses à participação ativa e criar uma federação a nível regional de associações juvenis são dois dos desafios a que a nova direção do Movimento Juvenil de Olhão (MOJU) se propõe.
Nuno António é o novo presidente da associação olhanense e tomou posse esta sexta-feira, à semelhança dos eleitos para os diferentes órgãos. João Batista regressa à presidência da Mesa da Assembleia Geral (AG).
Apesar de ser a nova cara da MOJU, Nuno António deixou claro que o que conta é a equipa e não o individuo. E ideias não faltam aos jovens que tomaram posse.
«Ao nível de ideias novas, queremos tentar focar mais a nossa intervenção para a promoção da participação dos jovens na sociedade. A criação de um Fórum da Juventude de Olhão vai nesse sentido», contou, à margem da cerimónia de Tomada de Posse, Nuno António.
«Queremos perceber exatamente o que eles precisam. Nós, apesar de sermos jovens, se calhar já não somos da mesma geração e não temos os mesmos interesses. E é isso que precisamos de saber, para fazer um trabalho sério», explicou.
Esta preocupação em saber como chegar aos ainda mais jovens está ligada à ideia defendida por Nuno António de que este «é um projeto de continuidade». Da mesma forma que se procura dar espaço a novas ideias, os que passam o testemunho, neste caso Luís Tavares e Ana Leal, presidentes cessantes da associação e da AG, continuam ativamente ligados ao projeto, apesar de não pertencerem aos órgãos sociais.
Assim, uma das premissas da nova direção é dar continuidade ao projeto «Bom Sucesso», uma iniciativa de intervenção comunitária, onde mais de 500 jovens exercem atividades diversas.
O espaço «Bom Sucesso», que serve de base a este projeto, é igualmente a sede da MOJU e oferece atividades de lazer, formação e voluntariado aos jovens olhanenses, muitos dos quais de bairros desfavorecidos.
Também será dada continuidade no biénio de 2012/13, para o qual a nova direção foi eleita, a outros projetos da associação, alguns dos quais já consolidados. São os casos do «Olhares sem Preconceitos», do «Abril Bandas Mil» e da «Semana da Juventude».
O voluntariado, uma das bases da MOJU, será igualmente aprofundado. A associação pretende promover Campos de Voluntariado Jovem, ao mesmo tempo que procurará «dinamizar a vertente internacional, com mais intercâmbios e voluntariado europeu», segundo Nuno António.
Só em 2011, 30 voluntários da MOJU contribuíram com mais de 3 mil horas de trabalho voluntário, em ações que foram desde a limpeza de grafitti até à animação e acompanhamento de crianças e jovens de bairros sociais.
A MOJU é desde há pouco tempo parceira oficial da associação juvenil internacional Youth for Exchange and Understanding (YEU). Algo que vai permitir que jovens algarvios possam ter experiências de voluntariado fora de portas e que Olhão acolha voluntários vindos de diferentes países.
Apesar de ter apenas quatro anos de existência, a associação já «tem grande projeção e reconhecimento». Palavras de Luís Tavares, na hora da passagem do testemunho, que a delegada regional do Algarve do Instituto Português da Juventude leva bem mais longe.
«A MOJU tem sido um parceiro de excelência e uma espécie de braço direito do IPJ no Algarve», afirmou Sara Brito. Na maioria das vezes, revelou, esta é a única associação que responde ao desafio do IPJ para participar em projetos de âmbito nacional ou desenvolver atividades no Algarve.
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