Desidério Silva diz que «é preciso fazer alguma coisa imediatamente» para parar violência na Oura

Os desacatos que têm sido noticiados nos últimos dias, na Oura, em Albufeira, são «uma situação complicada e é preciso […]

Foto de Arquivo

Os desacatos que têm sido noticiados nos últimos dias, na Oura, em Albufeira, são «uma situação complicada e é preciso fazer alguma coisa no imediato para travar este processo», afirma Desidério Silva, presidente da Região de Turismo do Algarve.

Em declarações ao Sul Informação, o ex-presidente da Câmara de Albufeira mostrou-se preocupado em relação aos impactos na imagem do Algarve que podem vir a ter os distúrbios na Oura, que atingiram o seu expoente máximo no domingo à noite.

Segundo o Correio da Manhã, aconteceu «uma batalha campal, protagonizada por cerca de 600 turistas ingleses, entre os 19 e os 22 anos».

«Houve agressões e garrafas foram atiradas pelos turistas contra a GNR de Albufeira, que entretanto tinha sido alertada e que teve de usar a força», acrescenta o jornal.

A GNR disparou mesmo balas de borracha para o ar e «pelo menos dois rapazes, de 20 e 21 anos, e uma rapariga de 20, ficaram feridos e foram assistidos pelos bombeiros».

As imagens em vídeo foram partilhadas nas redes sociais e chegaram aos jornais ingleses que, citando turistas britânicos, criticam «o excesso de agressividade» da polícia portuguesa.

Para Desidério Silva, «a visibilidade deste tipo de notícias, que podem desestabilizar, é uma situação complicada».

O responsável pela RTA diz que há um problema «nos pacotes de viagens vendidos online, a muita gente, com pouco controlo. São necessárias medidas a ações no imediato, inibidoras deste tipo de situação, que envolvam as forças de segurança, o SEF e também a autarquia, os empresários e mesmo coordenando com o Governo».

Segundo o Correio da Manhã, os turistas envolvidos nos desacatos estão no Algarve para o “Portugal Invasion”, um festival de “urban clubbing”, que deslocou para os bares da Oura «alguns dos melhores Djs urbanos de Londres».

O evento trouxe, desde a passada quarta-feira, cerca de mil jovens ingleses ao Algarve. O pacote para este festival, que termina hoje, com tudo incluído, durante sete dias, custava 600 libras (678 euros), de acordo com o site de promoção.

Além dos problemas de violência, ao longo da semana, os comerciantes e residentes desta zona de Albufeira queixaram-se de furtos e de vandalismo.

Para Desidério Silva, é importante identificar «quem incentiva e faz as vendas deste tipo de pacotes. Quem são estes agentes que estão a contribuir para isto. O dinheiro não é tudo, é importante que as forças intervenham e tomem medidas, porque prejudica a imagem da região».

O Algarve é conhecido, enquanto destino turístico, pela sua segurança e «qualquer ação destas tem impactos negativos. Agora é preciso minimizar esses impactos», conclui Desidério Silva.

Apesar de o último fim de semana ter sido aquele em que os problemas de segurança na Oura foram mais visíveis, há vários meses que há problemas naquele local relacionados com o elevado consumo de álcool, como rixas, agressões e assaltos.

O Sul Informação tentou contactar Carlos Silva e Sousa, presidente da Câmara de Albufeira, mas até ao momento ainda não foi possível. Também a GNR não quis prestar qualquer informação ao nosso jornal sobre este assunto.

 

Dois dos vídeos partilhados nas redes sociais:

 

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