André Badalo convida «Algarve inteiro» para figurar no seu filme «Portugal não está à venda»

O realizador André Badalo convida «o Algarve inteiro, mas de forma mais intensa Faro e Olhão», para aparecer no próximo […]

André Badalo 2O realizador André Badalo convida «o Algarve inteiro, mas de forma mais intensa Faro e Olhão», para aparecer no próximo domingo, dia 27 de Novembro, em Olhão, nas filmagens das últimas cenas do seu filme «Portugal não está à Venda», que há-de estrear em 2017.

«No dia 27 de Novembro, domingo, nós vamos filmar algumas das cenas finais do filme e precisamos de pessoas de todas as idades, com vontade e com garra, garra para a mudança. Vamos filmar uma grande manifestação, a manifestação que vai exigir a mudança no nosso país, contra a corrupção e pelo nosso futuro. Essa manifestação vai ser liderada pelos atores Pedro Teixeira e Rita Pereira», explicou o realizador, em entrevista ao programa Impressões, produzido em parceria pela Rádio Universitária do Algarve e pelo Sul Informação.

«Convido as pessoas a virem participar e a gritar bem alto que Portugal é nosso e não está à venda!», incitou André Badalo.

«Apareçam, venham fazer parte de um filme que vai estar em todas as salas de cinema do país, com que todos nós nos identificamos, e que vamos ter o prazer, para o resto da nossa vida, de ter feito parte de um filme que é nosso e que pode mudar o nosso país».

E como é que os algarvios interessados em participar podem entrar em contacto com a produção? André Badalo diz que a equipa estará a filmar em Olhão ao longo de todo o dia 27 e que vai «assinalar em que sítio estaremos a filmar».

De qualquer modo, quem se quiser inscrever, pode enviar um email, indicando os seus dados, para [email protected]. O realizador apenas exige uma coisa: que sejam pessoas «com garra» e com vontade de gritar bem alto que «Portugal não está à Venda».

Mas não será apenas enquanto figurantes que haverá algarvios nesta longa-metragem. «Temos descoberto algarvios fantásticos que entraram no projeto, alguns em papeis secundários com bastante destaque, alguns até com imenso destaque».

As filmagens das cenas finais vão decorrer em diversos locais do Algarve entre 22 de Novembro e 1 de Dezembro. «Vamos estar a filmar agora a grande história que cruza todas as outras, com o Pedro Teixeira, que é o D. Sebastião, com a Rita Pereira, que é uma militar filha de um capitão de Abril, com a Ana Zanatti, que é a mítica primeira-ministra Jéssica Fátinha, com o Alberto Magassela e a Sofia Baessa».

André Badalo: «Este filme é uma trágico-comédia sobre o dia em que Portugal foi posto à venda. Temos a história da família Dias, onde há o D. Sebastião, onde há a Padeira de Aljubarrota, neste caso em São Brás, onde há a Rainha D. Leonor, muitos heróis da história nacional são revisitados nos dias de hoje.

Nós vivemos um momento de crise gigante, o país está falido, é o centenário da aparição de Fátima, e temos esta coisa portuguesa: um dia há-de aparecer alguém que vai salvar-nos.

E o que acontece é que não é alguém de fora que nos salva, não é uma primeira-ministra, que por acaso veio dos Estados Unidos e que é a Jéssica Fátinha, não!

O D. Sebastião é um herói improvável. É ele e o resto da sua família, as pessoas comuns, que acabam por perceber que vamos perder o nosso país, não vamos ter futuro: Como é que é? Vamos ter de ser nós! E são esses heróis improváveis que de facto salvam o país».

Aliás, como já se percebeu só por esta amostra, «Portugal não está à Venda» tem um elenco de luxo, com alguns dos melhores atores – e até músicos – nacionais.

André Badalo enumera: «no filme, já entrou a Dalila Carmo, a São José Correia, a Marina Mota, a Maria Vieira, o António Capelo, a Silvia Rizzo, o Pedro Granger, o Tiago Teotónio Pereira, a Joana Ribeiro, o Paulo Pires, o André Nunes, a Io Apoloni, a Maria José Pascoal, o Pedro Carvalho, a Cucha Carvalheiro, a Luisa Origoso, o Luís Represas, o Diogo Piçarra, a Ala dos Namorados»…«É uma loucura!», admite, com uma gargalhada.

E como é possível pagar cachê a esta gente toda?

Apesar de garantir que «ninguém está a fazer o filme à borla», André Badalo explica que a ideia de «podermos mudar alguma coisa com este filme» atraiu os atores. «Há aqui um amor e uma paixão mais forte que tudo o resto, porque sabíamos, logo à partida, que, não tendo financiamento, as coisas seriam mais complicadas a nível de cachês».

De facto, sublinhou o jovem realizador, com o entusiasmo que lhe é característico, o filme, por ser uma comédia, não foi considerado elegível para receber os apoios oficiais do Estado à produção de cinema nacional.

«Neste filme, não tivemos apoios públicos, mas conseguimos financiamentos pontuais de Câmaras Municipais que tiveram a sensibilidade e a visão para perceber que um filme destes, a promover determinados sítios, podia ser vantajoso». Essas Câmaras Municipais são: Olhão, Tavira, São Brás de Alportel, Vila do Bispo e Loulé.

«Foi com estes pequenos apoios pontuais que conseguimos tornar realidade deste filme», com a ajuda de um investimento forte da sua própria produtora, a Original Features, e ainda de «uma equipa maravilhosa, de um elenco fantástico, que se entregou de coração e alma».

André Badalo, que também se tem entregue de alma e coração a este projeto, admite que o facto de a distribuição do filme, através da Lusomundo, estar já garantida para todo o país, com a longa-metragem a ser exibida em muitas salas de cinema nacionais, numa aposta forte, também ajudou a reunir o elenco de luxo.

«Vamos ter um grande filme em 2017!», diz, com os olhos a brilhar.

E já sabe: se quiser fazer parte deste filme, compareça no próximo dia 27 em Olhão, com vontade para se manifestar e gritar contra a venda deste nosso país.

 

Clique aqui para ouvir toda a entrevista do realizador André Badalo ao programa «Impressões» da RUA FM.

 

 

 

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