São Brás de Alportel já dá «Vales + Educação», segue-se a natalidade e a saúde

Há para todos, independentemente da classe social ou escalão do IRS, e têm uma dupla função: apoiar as famílias nas […]

Vale+EducaçãoSãoBrásAlportelHá para todos, independentemente da classe social ou escalão do IRS, e têm uma dupla função: apoiar as famílias nas despesas do regresso às aulas e estimular o comércio local.

A Câmara de São Brás de Alportel já começou a entregar os «Vales + Educação» às famílias dos alunos do 1º ciclo do concelho, enquanto prepara novos apoios à natalidade e acesso à saúde, que deverão estar disponíveis dentro de poucos meses.

Esta segunda-feira, 3 de Agosto, o presidente de São Brás de Alportel Vítor Guerreiro fez «questão de entregar em mão» os primeiros vales, que consistem num apoio de 30 euros, por aluno. «Cada família recebe dois vales de 15 euros, por cada criança, para que as pessoas possam gastar em mais do que um local. Temos seis papelarias aqui no concelho, onde este apoio pode ser usado», revelou Vítor Guerreiro, em declarações ao Sul Informação.

No total, deverão ser investidos neste projeto cerca de 13,5 mil euros. Para o ano letivo que vem, este valor pode aumentar substancialmente, já que é objetivo do município «alargar a medida a todos os alunos do concelho, dos diferentes ciclos de ensino».

Esta lógica de promoção do comércio local está, de resto, quase sempre associada aos apoios que a autarquia dá aos munícipes, na área social. «Só mesmo se o serviço em causa não existir no concelho é que essa regra não existe», segundo o edil são brasense.

«Não fazia muito sentido lançar uma medida destas e depois as pessoas irem gastar o apoio nas grandes superfícies, mesmo aquelas que existem em São Brás de Alportel. Desta forma, aproveitamos para dar um estímulo à economia local», considerou.

Este estímulo é dado agora, outros estímulos, às famílias e ao comércio, serão dados «no final do atual ano, o mais tardar no início do ano que vem». A estratégia que a Câmara e São Brás está a alinhavar, e onde esta medida do «Vale + Educação» está integrada, tem outras dimensões, além da educação. O Plano de Apoio à Família «Vale +» contempla, ainda, as vertentes da natalidade e da saúde, nas quais já se está a trabalhar.

Vítor Guerreiro: “Mais importante do que realizar grandes obras, são as pessoas. Vamos realizando algumas intervenções, com apoio de fundos comunitários, mas o principal é estar atento aos problemas dos munícipes”

O processo mais avançado é aquele que permitirá apoiar as famílias de recém-nascidos residentes no concelho. «Por cada criança que nascer no concelho, vamos dar um apoio num valor que ainda está a ser determinado, mas que será, certamente, bem mais substancial do que os vales de educação», revelou Vítor Guerreiro.

Este apoio também terá de ser gasto no comércio local, «em artigos de puericultura, sejam roupinhas para o bebé, sejam produtos que se adquiram nas farmácias». No fundo, trata-se de dar uma ajuda na «aquisição do enxoval das crianças».

Neste momento, a taxa de natalidade no concelho de São Brás de Alportel «é de cerca de 80 nascimentos por ano, o que é muito bom».

A outra dimensão é a da saúde. Neste caso, ainda se está a estudar um modelo que permita apoiar eficazmente os munícipes, mas, segundo Vítor Guerreiro, poderá ser adaptado o sistema já usado pelos municípios de Olhão e Vila Real de Santo António, na área de oftalmologia.

«Já me reuni com os meus congéneres de Olhão e VRSA. Além disso, temos tido diversas reuniões, com diferentes entidades, entre as quais o Hospital de Loulé, para perceber como será a melhor forma. Mas contamos lançar este apoio no início de 2016», disse.

À partida, haverá uma diferença para os sistemas já implantados por outros concelhos algarvios, o facto de o apoio a prestar não se resumir aos problemas de vista, mas também aos de audição, a doenças crónicas e à saúde dentária.

recem nascidoO que se fará, de certeza, disse Vítor Guerreiro, são os rastreios oftalmológicos e de audição junto da população escolar e dos mais idosos. «Neste caso, a primeira fase do projeto deverá obrigar a um investimento mais avultado, na ordem dos 50 a 60 mil euros», estimou.

Todas estas medidas são universais e funcionam numa lógica de «suprir as necessidades básicas» daqueles que habitam no concelho. O não olhar a classes sociais ou a escalões do IRS prende-se com um facto simples. «Nos dias que correm, temos de estar especialmente atentos aos problemas sociais que existem. Há muitos casos de pessoas a passar dificuldades, mas que têm vergonha de pedir ajuda, pois já tiveram, no passado, boas condições de vida», ilustrou o presidente da Câmara de São Brás de Alportel.

E assegura que, pelo menos num futuro próximo, a opção de destinar uma boa parte do orçamento à ação social irá manter-se. «Mais importante do que realizar grandes obras, são as pessoas. Vamos realizando algumas intervenções, com apoio de fundos comunitários, mas o principal é estar atento aos problemas dos munícipes», defendeu Vítor Guerreiro.

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