Tavira tem tudo pronto para lançar concursos de recuperação das casas ardidas

A Câmara de Tavira já tem tudo pronto para lançar os concursos para recuperação de casas ardidas no incêndio que […]

A Câmara de Tavira já tem tudo pronto para lançar os concursos para recuperação de casas ardidas no incêndio que devastou um terço deste concelho algarvio em julho passado.

Neste momento, falta apenas «assinar os contratos definitivos com a Segurança Social», algo que deve acontecer ainda «esta semana», revelou o presidente da autarquia tavirense Jorge Botelho. «Espero ter obra no terreno em meados de novembro», desejou.

O autarca fez o anúncio no sábado durante uma reunião que se seguiu a uma visita de autarcas de Tavira a algumas das localidades afetadas, realizada em Santa Catarina da Fonte do Bispo, a freguesia onde mais casas arderam. A visita foi acompanhada pelo Sul Informação.

Jorge Botelho disse que o Plano de Ação está concluído e aprovado e os projetos «todos feitos», situação semelhante ao concelho vizinho de São Brás de Alportel, afetado pelo mesmo incêndio. Em ambos os casos, foram assinados ainda em agosto Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), que contemplam uma verba de 600 mil euros para recuperação de habitações.

Assim que seja dada a luz verde pela secretaria de Estado da Segurança Social, serão abertos concursos públicos, por convite a «duas ou três empresas» por projeto. Uma forma de garantir que o processo é mais célere, sem ferir o direito comunitário, uma vez que parte das verbas destinadas à recuperação de habitações vem da União Europeia.

O início das obras no terreno chegou a ser anunciado, numa primeira fase, para final de setembro, pelo próprio secretário de Estado da Segurança Social Marco António Costa, mas os trâmites necessários ao lançamento do concurso acabaram por não permitir que o processo fosse tão célere como se chegou a prever.

«O processo atrasou um pouco, mas mesmo assim está muito adiantado em relação ao que seria normal. Um CLDS, normalmente, nunca demora menos de seis meses a montar e nós estamos a falar em dois meses e meio e temos a expetativa de ter construção nas próximas três semanas», contou ao Sul Informação Jorge Botelho, à margem da sessão.

O presidente da Câmara de Tavira deixou ainda elogios aos seus serviços, nomeadamente à equipa que «num mês e meio fez sete projetos» para recuperação das casas ardidas, muitas vezes trabalhando fora do horário, para que a resposta fosse o mais rápida possível. «A equipa motivou-se, como se motivou toda a população de Tavira para combater este incêndio, e são um exemplo», considerou.

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