A direção do Turismo do Algarve e a Associação de Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA) afirmam que as greves da TAP e da NAV terão «efeitos desastrosos» no turismo algarvio.
A AHETA denunciou hoje «publicamente os enormes prejuízos provocados pela greve dos trabalhadores da NAV – Navegação Aérea de Portugal».
Para os hoteleiros algarvios, a greve dos pilotos da TAP, «apesar de lesiva dos interesses turísticos e empresariais regionais, terá um impacto negativo menor, uma vez que o tráfego aéreo de e para o Aeroporto de Faro é assegurado, maioritariamente, por companhias aéreas internacionais».
A AHETA sublinha que a greve dos trabalhadores da NAV «irá afetar cerca de 80 mil pessoas oriundas sobretudo de países terceiros e, por conseguinte, turistas, podendo os prejuízos diretos nos empreendimentos turísticos do Algarve ascender a mais de 10 milhões de euros, resultantes da falta de faturação neste período».
«Esta situação conduz, inevitavelmente, a cancelamentos para outras épocas do ano, resultantes da imagem negativa de Portugal e do Algarve junto dos principais mercados emissores», salientam os hoteleiros.
«Estima-se que os prejuízos globais desta greve atingirão mais de 50 milhões de euros de exportações em toda a economia regional, com reflexos não apenas no setor empresarial (comércio, restauração, rent a car, etc.), mas também em todos os trabalhadores, tanto mais que a mesma ocorre, precisamente, na época alta do turismo, ou seja, quando a região é mais procurada por turistas e os preços praticados são mais elevados».
Por tudo isto, a AHETA chama a atenção destes trabalhadores «para as consequências nefastas desta greve na economia portuguesa em geral e do turismo do Algarve em particular, esperando que as partes envolvidas alcancem atempadamente um entendimento que salvaguarde os interesses gerais».
Ontem, o Turismo do Algarve já tinha manifestado, em comunicado, «séria preocupação» para com as consequências das greves anunciadas pelos trabalhadores da NAV Portugal, para os próximos dias 29 e 30 de junho e 1, 2 e 3 de julho, e dos pilotos da TAP, entre 5 e 8 de julho e 1 e 5 de agosto.
As paralisações por parte dos trabalhadores da NAV e da TAP, que abrangem controladores aéreos e pilotos, «vão afetar centenas de voos e terão efeitos desastrosos sobre o já debilitado setor turístico, com particular incidência noutros postos de trabalho e na situação financeira das empresas do setor».
Por isso, a direção do Turismo do Algarve espera que «o diálogo seja reiniciado e que sejam encontradas as melhores soluções para os trabalhadores e, por consequência, para o Turismo Nacional».
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