A associação In Loco lançou o livro «Esperança democrática», uma análise sobre 25 anos de Orçamentos Participativos no Mundo, uma obra organizada por Nelson Dias que «representa o esforço de mais de quarenta autores e de muitos outros colaboradores diretos e indiretos» de diferentes países.
O conceito de Orçamento Participativo nasceu em Porto Alegre, no Brasil, em 1989 e desde então espalhou-se um pouco por todo o mundo, incluindo Portugal. Na região algarvia, o primeiro município a aderir a esta prática foi São Brás de Alportel, concelho onde a In Loco está sediada.
O prefácio do livro é da responsabilidade do homem que criou este instrumento democrático, o ex-prefeito de Porto Alegre Olívio Dutra. «Os cerca de dez anos de Orçamentos Participativos em Portugal são também analisados neste livro, num artigo inédito e bastante detalhado», revelou a associação algarvia, numa nota de imprensa.
«As páginas desta obra são um convite para uma fascinante viagem pelos caminhos da inovação democrática em contextos culturais, políticos, sociais e administrativos muito diversos. Da América do Norte à Ásia, da Oceânia à Europa, da América Latina à África, o leitor encontrará muitos motivos para acreditar que outras formas de democracia são possíveis», considerou a In Loco.
O livro «traduz um estado de espírito contagiado pela procura de novas soluções, pela constante busca da ação transformadora, pela inconformidade de muitas pessoas e organizações espalhadas pelo Mundo».
Uma mensagem que é ainda mais atual tendo em conta a «crise dos sistemas de democracia representativa», comum a muitos países do mundo. «Os diferentes autores procuram mostrar como os Orçamentos Participativos têm vindo a provocar mudanças na forma de exercer o poder democrático, na transformação das administrações públicas, na construção de sociedades civis mais fortes e organizadas, no combate às assimetrias sociais e territoriais», acrescentou a associação.
O livro pode ser encomendado através do email [email protected].
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