Homem morre em Faro depois de INEM «não encontrar uma ambulância disponível»

No Algarve, houve mais casos de elevados atrasos

Foto: Ana Madeira | Sul Informação (arquivo)

O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) denunciou ontem, quarta-feira, 19 de Abril, vários casos de atrasos no envio de meios do INEM, tendo um deles levado à morte de uma pessoa em Faro. 

Em comunicado a que o Sul Informação teve acesso, o STEPH diz ter tomado conhecimento de uma ocorrência na capital algarvia, que envolveu uma tentativa de suicídio, para a qual o INEM «não conseguiu encontrar uma ambulância disponível».

«Para um caso com este grau de prioridade, efetivo risco de vida, apenas foi enviada para o local uma Viatura Médica de Emergência e Reanimação passadas 1h45 da chamada inicial. Pela informação recebida e que já tivemos oportunidade de confirmar, dada a indisponibilidade de ambulâncias na região, nem passado todo este tempo o INEM conseguiu enviar» a ambulância, denunciam.

Rui Lázaro, presidente do STEPH, disse ainda ao Sul Informação que houve, no Algarve, mais casos de grandes atrasos. Em Olhão, uma mulher de 60 anos, com suspeita de AVC, esperou 2h32 por socorro. Em Cachopo (Tavira), um homem de 74 anos, também com suspeita de AVC, teve de esperar 52 minutos.

A situação ocorreu no dia em que o STEPH esteve na Assembleia da República, para audição e esclarecimento dos deputados da Comissão Parlamentar da Saúde.

«Porque se trata de casos com elevadíssima gravidade, fruto da ineficiência de um serviço que o INEM devia garantir aos cidadãos, eventual negligência grave na assistência de emergência médica, seguirá para as entidades competentes, incluindo o Ministro da Saúde, esta e outras denúncias rececionadas por esta associação sindical», refere ainda o sindicato.

Há poucos dias, o INEM foi também notícia no Algarve devido às condições em que trabalham os profissionais de emergência pré-hospitalar de Lagos.

Em reportagem da CNN, os profissionais contam que a base de operações foi transferida para esta unidade do CHUA, recentemente renovada, mas os técnicos foram colocados na cave, «sem rede, nem condições de segurança e higiene».

 

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