Deputados do PSD dizem que autocaravanismo selvagem «não pode subsistir»

«O Algarve não precisa, muito menos deseja, um turismo que violente o seu património natural»

Foto de arquivo

Cristóvão Norte e José Carlos Barros, deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Faro, defendem que o autocaravanismo selvagem é uma «erva daninha que não pode subsistir no turismo algarvio».

Neste sentido, Cristóvão Norte diz que «tem levado a cabo várias visitas, reunido com associações e diversos responsáveis e recebido moções e petições de assembleias municipais e juntas de freguesia, a denunciar o autocaravanismo selvagem como uma praga que põe em causa a sustentabilidade dos recursos e o prestígio do destino Algarve».

«O caso paradigmático é o da Costa Vicentina, zona protegida, onde têm sido causados assinaláveis prejuízos económicos, ambientais e sociais», acrescenta.

«Verifica-se uma multiplicação de habitações móveis, muitas vezes não cumprindo regras de civilidade, violando espaços de grande fragilidade ambiental, poluindo praias e falésias, num desordenamento penalizador para a região. Importa tomar as medidas adequadas, seja do ponto de vista de revisão da legislação e do pagamento no ato das contra-ordenações, no reforço da fiscalização, no incremento da sinalização, de modo a proteger o interesse paisagístico, turístico e ecológico», defende ainda.

«O Algarve não precisa, muito menos deseja, um turismo que violente o seu património natural e se constituía como uma galeria de horrores, como as que muitas vezes as populações locais têm que testemunhar», conclui.

Nesse sentido, tal como já fez em audições com o ministro da Economia, os parlamentares do PSD exigem «que seja dada prioridade à correção desta situação que não pode continuar a merecer o conformismo das entidades públicas».

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