Ministra anuncia atribuição de subsídio à PSP e GNR

Valor ainda não está definido

A ministra Margarida Blasco – Foto: António Cotrim | Lusa

A ministra da Administração Interna anunciou hoje que vai apresentar, a 2 de Maio, uma proposta de atribuição de um subsídio aos elementos da PSP e GNR, que acredita que irá satisfazer os polícias.

“Nesse protocolo que negociámos hoje, ficou como prioridade a discussão do subsídio de risco, que é a matéria horizontal e que os sindicatos acham prioritária e que nós, Governo, iremos ter em boa conta”, disse aos jornalistas Margarida Blasco, no final das reuniões com as associações socioprofissionais da GNR e sindicatos da PSP.

A ministra esclareceu que ainda não sabe se será subsídio de risco ou suplemento de missão, encontrando-se depois uma fórmula que se aplique à PSP e GNR.

Margarida Blasco escusou-se a avançar qual o montante e os moldes em que o subsídio vai ser atribuído, remetendo para a proposta que será apresentada em 02 de maio.

“Estamos a fazer um trabalho muito árduo no sentido de apresentar essa proposta aos sindicatos com todas as condições e aquilo que nós entendemos ser a satisfação para todos os profissionais das polícias”, afirmou.

À saída da reunião, o presidente da Associação dos Profissionais da Guarda (APG/GNR) disse que a ministra da Administração Interna garantiu a atribuição do suplemento de missão, mas não apresentou na reunião qualquer valor, remetendo para novo encontro em 2 de Maio.

“A ministra garantiu que [o suplemento de missão] vai ser atribuído e é por causa disso que nós estamos nestas reuniões”, disse aos jornalistas César Nogueira no final da reunião com a ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.

O presidente da APG sublinhou também que Margarida Blasco assumiu o compromisso de que os militares da Guarda Nacional Republicana “não vão ficar prejudicados”, nem “penalizados” em relação aos inspetores da Polícia Judiciária.

“Assumiram um compromisso que vão apresentar no próximo dia 2 e nos esperamos que de facto fique resolvido e não seja necessário outras reuniões, apesar de existir uma reunião já agendada para 15 de maio”, disse.

Explicando que a equipa do Ministério da Administração Interna (MAI) não apresentou hoje qualquer valor para o suplemento de missão, César Nogueira disse que o MAI vai apresentar os números na reunião de 2 de maio.

“Esperamos não ser necessário uma próxima reunião para além do dia 2”, precisou, frisando que a questão prioritária para os militares da GNR é a atribuição de um suplemento idêntico ao dado pelo anterior Governo aos inspetores da PJ.

O presidente da associação mais representativa da Guarda sustentou que os militares da GNR “não podem ser tratados de forma diferente” em relação aos inspetores da PJ.

Questionado sobre o motivo de a ministra não ter apresentado qualquer valor hoje, o representante dos guardas respondeu que a equipa do MAI ainda está tratar dos valores por categoria e postos.

César Nogueira explicou que os militares da GNR defendem que o atual suplemento da força de segurança e risco, que tem uma componente fixa de 100 euros e outra variável de 20% do ordenado, seja substituído pelo suplemento de missão, que deve ser de 15% do vencimento base do que está estipulado para o diretor nacional da PJ, totalizando 1.026 euros.

Além da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia, Margarida Blasco esteve reunida com a Associação Nacional de Sargentos da Guarda (ANSG), Associação Sócio Profissional Independente da Guarda (ASPIG), Associação Nacional Autónoma da Guarda (ANAG) e Associação Nacional de Oficiais da Guarda (ANOG) e ainda com os sindicatos da PSP.

 



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