Memórias de protagonistas do 25 de Abril no Algarve partilhadas no Museu de Portimão

Protagonistas recordaram como viveram, pessoal e diretamente em Portimão, essa histórica transição da ditadura para a liberdade e para o regime democrático

 

O mote era “Nós estávamos em Portimão no 25 de Abril”. E foi assim que, no sábado, 13 de Abril, seis pessoas, protagonistas, a seu modo, do 25 de Abril de 1974, se reuniram para falar das suas memórias, no Museu de Portimão.

No palco, estiveram o coronel José Glória Alves (então capitão), que comandou as (poucas) operações do Movimento das Forças Armadas no Algarve, na madrugada e no dia 25 de Abril, bem como o coronel Carlos Branco (então major), também interveniente nas operações dos militares revoltosos na região algarvia, bem como as professoras Madalena Gracias e Regina Serrano, e ainda José Gameiro, hoje diretor científico do Museu de Portimão, mas que era então oficial miliciano em Moçambique, correspondendo-se com a sua namorada através de desenhos que partilhou pela primeira vez em público, e Carlos Romão Reis, hoje vice-presidente do Grupo de Amigos do Museu de Portimão, mas nessa época estudante do Liceu da cidade.

A moderar, ou antes, a participar na conversa, esteve Elisabete Rodrigues, jornalista e diretora do Sul Informação, que tinha 11 anos nesse «dia inicial inteiro e limpo».

Todos estes protagonistas, ao longo de mais de duas horas de conversa, ilustrada por imagens da época, recordaram como viveram, pessoal e diretamente em Portimão, essa histórica transição da ditadura para a liberdade e para o regime democrático.

Mais do que uma reportagem – que não é – o vídeo que regista a tertúlia é um documento histórico, com depoimentos que talvez não voltem a ser feitos, e que fica para a posteridade.

A tertúlia “Nós estávamos em Portimão no 25 de Abril” foi organizada pelo Grupo de Amigos do Museu de Portimão, no âmbito das comemorações oficiais dos 50 anos da Revolução dos Cravos.

 

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