Festival Tanto Mar celebra a liberdade e as suas expressões em Loulé

Em Maio

O festival de artes performativas Tanto Mar regressa ao Cineteatro Louletano, em Loulé, de 21 a 25 de Maio “para celebrar a liberdade e as suas expressões”, com artistas de países de língua portuguesa.

Segundo um comunicado, a programação do festival “é especialmente dedicada à partilha de conhecimentos, experiências, diferentes linguagens, culturas e memórias, não abdicando, este ano, de acentuar, no seu reportório, a celebração dos 50 anos do 25 de Abril”.

De acordo com a nota as “propostas artísticas” do festival “têm origem” em São Tomé e Príncipe, Brasil, Moçambique e, pela segunda vez, com a presença, também, de um grupo de nacionalidade portuguesa.

Na abertura oficial do Tanto Mar, a 21 de Maio, serão apresentados os grupos participantes e haverá um debate aberto ao público, moderado por Miguel de Barros (Guiné-Bissau) em Tantas Conversas.

No primeiro dia do festival também será lançado o livro “5 anos de marés” para celebrar a 5ª edição do Tanto Mar.

No dia seguinte às 11h00, o festival começa com BatuCorpo, um workshop de voz e movimento, dirigido pela artista moçambicana Lenna Bahule e “aberto à comunidade”, na Cerca do Convento do Espírito Santo.

Da parte da tarde, às 15h00, tem lugar a projeção, na Galeria Alfaia, do documentário de Tomás Barão da Cunha e Miguel Canaverde, a partir da Residência Artística “EntreMares’24”, numa gravação que decorre durante o mês de Abril, em Loulé.

A Companhia Lêndias d’Encantar, de Beja, apresenta às 21h00 “No Limite da Dor”, quatro histórias que retratam os tempos da PIDE (polícia política em Portugal nos tempos da ditadura), “recuperando uma memória coletiva que tem vindo a ser alvo de crescente descuido entre nós”.

A 23 de Maio, a RaízArte, de São Tomé e Príncipe, apresenta “Ilha dos Sem Terra”, um espetáculo inspirado no relato de pessoas que nasceram num país, adquiriram a cultura de outro, e encontram-se “num constante processo de afirmação da sua identidade e origem”, segundo o comunicado.

Na sexta-feira 24 de Maio, o palco será para o grupo Teatro Por Que Não?, da cidade de Santa Maria, Rio Grande do Sul, Brasil, com a peça “Não há mar”.

“Entre poesia e quotidiano, os diálogos fluem e desaparecem como ondas que não seguem um padrão específico. Este é um ensaio nascido em plena pandemia, que se cumpre na partilha de cumplicidades entre atores e público”, explica a nota de imprensa.

A encerrar o Festival, no sábado 25 de Maio, Lenna Bahule, cantora, arte-educadora e ativista cultural nascida em Moçambique, que inicia a semana com a realização de um ‘workshop’ de Voz, trazendo o seu mais recente musical “Kumlango”.

Esta palavra significa “portal” em Yao e “comporta um sentido afro futurista de som, canto e memória coletiva, através de diferentes camadas de sons, cadências e ritmos”.

“Entre o orgânico e o eletrónico, Lenna Bahule propõe um espetáculo de imersão sonora única e sensorial”, conclui a nota.

 



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