PAN diz-se preocupado com demolições das ilhas-barreiras e pede «justiça social» para moradores

Candidato do PAN pelo Algarve reuniu-se com o movimento “SOS Ria Formosa”

O PAN – Pessoas-Animais-Natureza defende que os «moradores das ilhas barreiras não podem ser menosprezados», depois de ter mantido uma reunião com Vanessa Morgado, líder do movimento “SOS Ria Formosa”, para perceber qual «a situação dos núcleos de moradores» destas comunidades, anunciou este partido.

Em causa estão «os desenvolvimentos e a informação dos últimos anos em torno das demolições planeadas nas ilhas da Ria Formosa, em particular nos núcleos do Farol e Hangares, nos concelhos de Faro e Olhão», uma situação que este partido tem «acompanhado com atenção e preocupação».

«Como partido ecologista comprometido com a preservação do meio ambiente e da biodiversidade, o PAN reconhece a importância de proteger os ecossistemas frágeis da Ria Formosa e do seu processo de renaturalização. No entanto, também reconhecemos a necessidade de equilibrar a conservação ambiental com os direitos das comunidades locais. Nesse contexto, o PAN defende uma abordagem cautelosa e equilibrada para lidar com as questões das habitações nas ilhas da Ria Formosa», segundo Saul Rosa, cabeça de lista do partido PAN pelo Círculo Eleitoral de Faro.

«Enquanto reconhecemos a importância da preservação ambiental, também destacamos a necessidade de garantir a justiça social e o respeito pelos direitos das pessoas que há décadas criaram estas comunidades», reforçou.

Tendo isto em conta, o PAN fez «um compromisso de contacto permanente com esta associação para que possamos ajudar a encontrar e contribuir com as melhores soluções possíveis para estas pessoas assim como para o ambiente» e afirma que, com a informação que tem, «as compensações para o realojamento desta comunidade não são as melhores».

Esta posição é baseada no testemunho de Vanessa Morgado, que disse que «as pessoas que são desalojadas das ilhas, estão a ir para casas arrendadas e o apoio prende-se apenas com o financiamento da renda a 2 ou 3 meses, a troco da perda de habitação própria».

O PAN «apoia medidas que incentivem práticas sustentáveis de ocupação do território que respeitem o equilíbrio entre o ser humano e o meio ambiente. Os moradores afirmam ter evidências de que os entulhos de casas demolidas continuam nas ilhas e que isso não se reflete no propósito da renaturalização».

Além disso, «o PAN insta as autoridades competentes a envolverem as comunidades locais e a sociedade civil em processos decisórios transparentes e participativos, garantindo que todas as vozes sejam ouvidas e consideradas».

Saul Rosa conclui afirmando que «o PAN está comprometido em trabalhar em prol de soluções que promovam a coexistência harmoniosa entre as necessidades humanas e a preservação ambiental, buscando sempre o bem-estar das pessoas, dos animais e da natureza.”

O partido «irá consultar associações ambientalistas, como também o Centro de Ciências do Mar (CCMAR) e outras instituições relevantes, como a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), para trocar impressões sobre eventuais soluções para esta temática, pois a recessão das ilhas barreira também é um fator preocupante para o partido”.

O objetivo do PAN com esta iniciativa é garantir que “a renaturalização da ilha não seja apenas um pretexto para tornar as ilhas em mais um ponto turístico de massas, e que este processo termine com a realização das melhores soluções para a conservação das ilhas, mas também numa maior justiça social para os seus moradores”.

 

 



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