Livre e IL com melhores resultados nacionais em Lisboa

Livre elegeu no Porto (3,35%) e em Setúbal (4,29%) e um segundo deputado por Lisboa (5,47%, acima do BE e da CDU)

Rui Tavares, líder do LIVRE – Foto: André Kosters | Lusa

O Livre é, a seguir ao Chega, o partido que mais cresce nas eleições legislativas de domingo, multiplicando por quatro o único mandato obtido pelo seu líder, Rui Tavares, em 2022.

O partido liderado por Rui Tavares elegeu no Porto (3,35%) e em Setúbal (4,29%) e um segundo deputado por Lisboa (5,47%, acima do BE e da CDU), os três círculos onde obteve os melhores resultados percentuais a nível nacional.

O quarto partido mais votado, com oito eleitos, foi a Iniciativa Liberal (IL), que conseguiu o seu máximo também na capital (6,58%), obtendo também bons resultados em Braga (6,1%) e no Porto (5,74%).

O BE (quinto a nível nacional) tem em Setúbal – onde elege um deputado e é a quinta força mais votada – o seu melhor resultado, com 6%, seguindo-se Faro (5,75%) e Lisboa (4,96%).

Em Beja, a CDU tem 15,03%, uma percentagem muito elevada mas insuficiente para eleger um dos três mandatos que o círculo possui, lugares que ficaram para a PS, AD e Chega.

Já o PAN tem o seu melhor resultado em Faro, com 2,58% e em Setúbal (2,56%), dois distritos onde não conseguiu obter nenhum mandato, acima de Lisboa (2,49%), onde ganhou o seu único lugar no parlamento.

De entre os partidos que não elegeram deputados para a Assembleia da República, o Alternativa Democrática Nacional (ADN) é o que mais cresce, passando de 9.895 votos (0,18%) em 2022 para 99.475 (1,63%).

Numa análise por distrito, é em Viseu que o ADN tem o seu melhor resultado, com 3,13% e 6.615 votos, posicionando-se como a quarta força mais votada, atrás da AD, PS e Chega. Em Vila Real, também é o quarto partido, com 2,53%.

É também destaque os Juntos Pelo Povo (JPP), que obteve 9,58% dos votos na Madeira (onde lidera a autarquia de Santa Cruz), colocando-se como a quarta força mais votada e perto de eleger um deputado.

Há dois anos, o PSD obteve uma vitória apenas na Madeira, enquanto o resto dos círculos eleitorais foram ganhos pelos socialistas.

No território nacional, CDS e PSD obtiveram 79 mandatos, contra 77 do PS (28,66%), seguindo-se o Chega com 48 eleitos (18,06%), que quadruplicou a sua bancada parlamentar. A IL, o BE e o PAN mantiveram os mandatos, oito, cinco e um respetivamente. Livre passou de um para quatro eleitos enquanto a CDU perdeu dois lugares, de seis para quatro mandatos.

Por apurar estão os quatro lugares da emigração, que o PS ganhou em 2022, com três mandatos.

 



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