Este Algarve mostra-se no palco

Este é um espetáculo que não tem cenografia e em que os atores usarão máscara

É sobre o Algarve e feito por algarvios. O espetáculo de teatro “Quando para sul / O azul / Luar” sobe ao palco do Teatro das Figuras, em Faro, esta quinta-feira, 21 de Março, a partir das 21h30, para falar acerca da região – no seu melhor e no seu pior. 

Depois de já ter tido exibições tanto no Cineteatro Louletano como na Mákina de Cena, o espetáculo vai ter uma sessão em Faro.

O Sul Informação falou com Carolina Santos, diretora da Mákina de Cena, num dos últimos ensaios, com a atriz a explicar o que esperar de “Quando para sul / O azul / Luar”.

Tudo começou com uma open call, convites diretos a algumas estruturas, um workshop e residências em vários pontos do Algarve (Lagos, Lagoa, Faro e Loulé), antes de desembocar no espetáculo.

«Nós, sendo daqui, do Algarve, faz sentido falar daquilo que conhecemos. Então, criámos um mapa, com estratos – estamos a falar de coisas boas e más e atribuímos, a cada uma, uma zona», disse.

«Nós assumimos que é como se fosse uma pedra que começa a rolar do Norte em direção ao Sul e vai cruzando várias personagens. Começamos com uma personagem cá em cima, começa a descer em direção à cidade e nós vamos assistindo», acrescentou.

E porquê falar do Algarve, com cenas, por exemplo, em que se aborda as falhas na saúde ou na mobilidade na região?

«Porque é a matéria que nós conhecemos. Seria muito mais fácil, em verdade, pegar num texto e trazê-lo ao palco», disse a atriz.

É que cada um dos atores (Angelo Lorusso, Carolina Santos, Laura Pereira, Letícia Blanc, Mauro Coelho, Rafaella Ambrozio, Sara Vicente, Tânia Silva, João Tátá Regala) desenvolveu uma cena, com base nos temas que queria abordar.

«Mas acaba por haver um grande trabalho colaborativo e que é incrível porque resulta numa força de grupo muito forte e num grande prazer em fazer este espetáculo juntos», acrescentou.

Este é um espetáculo que não tem cenografia e em que os atores usarão máscara.

Em palco estarão atores de estruturas como a ACTA – A Companhia de Teatro do Algarve, A Fera Teatro, Ar Quente, Artis XXI, Sin-Cera Teatro, Te.Atrito, TEL – Teatro Experimental de Lagos.

No fundo, é «uma casa cheia de algarvios, ou residentes de um Algarve, que nos veem a falar sobre aquilo que também é a sua casa».

Os bilhetes estão à venda aqui. 

 

Fotos: Cátia Rodrigues | Sul Informação

 

 

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