Cristóvão Norte, líder do PSD/Algarve e que foi eleito deputado, ficou «contente» com a vitória da Aliança Democrática a nível nacional, mas confessou que «esperava mais» dos resultados no Algarve, onde a AD ficou em terceiro lugar, atrás de Chega e PS.
Em declarações ao Sul Informação, Cristóvão Norte, que vai regressar ao Parlamento depois de ter ficado fora das listas do PSD em 2022, realçou o facto de a AD ter vencido as eleições, o que «era o mais desejado».
«A Aliança Democrática formará Governo e Luís Montenegro será primeiro-ministro», disse.
A nível regional, Cristóvão Norte assumiu que «gostava de ter tido» um resultado maior.
A AD arrecadou 22,39% dos votos, atrás do PS (25.46%) e do Chega, que venceu no Algarve, com 27,19%. Os três partidos elegeram três deputados cada.
Para o líder do PSD/Algarve, é necessário «refletir sobre o que justifica este resultado».
«O Chega, o PAN e o BE têm o maior score, a nível nacional, no Algarve e há duas razões: em primeiro lugar, o Algarve tem ciclos económicos exacerbados, o que gera muita angústia e incerteza e, por isso, o voto pela negativa tem tido peso».
«Em segundo lugar, há matérias importantes a que não tem sido dada resposta no Algarve, como os casos da água, da saúde, das portagens… Há um sentimento de orfandade política», acrescentou.
Quanto ao futuro incerto de governabilidade – porque, apesar de ter ganho, a AD não tem maioria e já garantiu que não se aliará ao Chega -, Cristóvão Norte considerou que o ónus também está «do lado dos outros partidos».
«A AD tem que aceitar com humildade o resultado das eleições: ganhámos, temos de governar e abrir um horizonte de esperança para as pessoas», concluiu.
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