Bloco de Esquerda quer «mais democracia, autonomia e estabilidade» na UAlg

Catarina Martins e José Gusmão visitaram a Universidade

Catarina Martins, ex-líder do Bloco de Esquerda, e José Gusmão, cabeça de lista da candidatura deste partido pelo Algarve, defendem «mais democracia, autonomia e estabilidade» na Universidade do Algarve. 

As candidatas e candidato do Bloco reuniu ontem com a equipa reitoral da UAlg, onde se discutiram vários pontos e se chegou a um consenso sobre «a não adequação do financiamento tanto às necessidades como à particularidades da Instituição».

De acordo com o Bloco de Esquerda, entres outros aspectos destaca-se «o problema de a formula de financiamento não ter em conta as economias de escala, o que coloca em desvantagem as instituições da dimensão da Universidade Algarvia face às Universidades dos grandes centros urbanos» e o «facto de o Algarve não ser uma região de convergência o que baixa a taxa de comparticipação de muitos projetos».

Após o almoço na cantina, Catarina Martins, José Gusmão e Diana Lourenço, que é estudante na UAlg e candidata pelo Bloco, reuniram com alunos e ouviram as suas preocupações centradas no alojamento, na ausência em muitas licenciaturas de estágios remunerados em ambiente profissional e no custo das propinas.

«Este custo é agravado pela necessidade da frequência de mestrados como condição necessária para aceder ao mercado de emprego qualificado», diz o partido.

Nesta reunião, foram também discutidos os problemas dos trabalhadores da instituição de todas as carreiras.

 

 

«O diagnóstico centrou-se na questão das relações de poder dentro da instituição, na degradação das carreiras, e da perda generalizada do poder de compra dos salários, que tem forte repercussão na capacidade de recrutamento de trabalhadores. Os mecanismos de avaliação do desempenho mereceram repúdio generalizado e são neste momento o maior foco de tensão nas relações de trabalho dentro da Universidade», lê-se em nora.

Por último, a delegação do Bloco reuniu com docentes e investigadores. O problema central discutido foi o da precariedade, que é grave entre os docentes devido ao recurso à figura dos falsos professores convidados, «mas assume dimensões trágicas entre os investigadores, onde mais de 90% têm contrato precário».

«O programa FCT Tenure permitirá mitigar este problema, mas não é de nenhum modo suficiente para o resolver. É necessário e urgente um efetivo programa de regularização de vínculos precários para investigadores e falsos docentes convidados», frisa o partido.

«Neste dia dedicado à Universidade do Algarve ficámos com várias certezas: sem investigadores com contratos definitivos o Algarve ficará mais pobre; sem habitação para os alunos e sem o fim da propina, o Algarve ficará mais pobre; sem um corpo docente estável o Algarve ficará mais pobre. Sem trabalhadores das carreiras gerais com carreiras dignificadas o Algarve ficará mais pobre», rematam, assumindo que no seu programa têm soluções.

 



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