Centro de Saúde Universitário em Loulé deverá estar pronto até ao final do ano

Dia da Cidade de Loulé ficou marcado pelas visitas às principais obras em curso

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

O novo edifício de saúde de Loulé, no qual funcionará o primeiro Centro de Saúde Universitário do Algarve, deverá estar pronto até ao final do ano, ainda que a data prevista para a conclusão da obra seja Fevereiro de 2025. 

A novidade foi avançada esta quinta-feira, 1 de Fevereiro, durante uma visita ao espaço, no âmbito do Dia da Cidade.

Neste edifício – que começou a ser construído em Setembro de 2022 e teve um investimento de cerca de 5 milhões de euros, 65% financiados pela Câmara Municipal de Loulé e os restantes 35% pela Administração Central – irá funcionar o primeiro Centro de Saúde Universitário do Algarve, uma Unidade de Cuidados à Comunidade, novas instalações para a Unidade de Saúde Familiar Lauroé (que funciona atualmente em contentores) e ainda a nova sede do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Algarve Central (que abarca os concelhos de Albufeira, Loulé, São Brás de Alportel, Faro e Olhão).

Vítor Aleixo, presidente da autarquia louletana, faz «um balanço muito positivo» desta obra.

«É um investimento público para os cuidados médicos que são prestados à população no quadro do Serviço Nacional de Saúde, para que se possam fazer nas melhores condições possíveis, com um equipamento novo e mais valências. O edifício que existe está obsoleto, não atrai profissionais de saúde e agora, com este novo edifício, as coisas vão mudar radicalmente. As pessoas que precisam de recorrer a estes serviços vão ficar mais bem servidas e os profissionais mais felizes por trabalharem num equipamento que responde às mais modernas necessidades dos cuidados de saúde», disse ao Sul Informação. 

De acordo com o autarca, há ainda a realçar que as instalações atuais do Centro de Saúde de Loulé «vão ser alvo de uma requalificação profunda».

 

Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé. Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

«O restante edifício tem uma candidatura a decorrer que está a ir muito bem e que tem financiamento PRR até 800 mil euros, mas cuja empreitada de requalificação e renovação das instalações vai custar cerca de 1 milhão e 200 mil, sendo a diferença assegurada por Orçamento Municipal. Portanto, nada do que lá está hoje obsoleto e antiquado vai ficar», garante o presidente louletano.

Além da visita à obra deste novo edifício do Centro de Saúde de Loulé, o Dia da Cidade contou com passagem pela construção da Segunda Circular e dos 64 fogos da Clona, reabilitação do Bairro Municipal, ampliação da Escola Engº Duarte Pacheco e ampliação e remodelação do Heliporto Municipal: tudo a decorrer dentro dos prazos previstos.

Assumindo o tema da habitação como «um dos grandes problemas não só de Loulé, mas de Portugal» Vítor Aleixo aproveitou o momento para realçar que estes 64 fogos, atualmente em construção, fazem parte das 2400 soluções que o Município tem de encontrar até 2030 para garantir habitação condigna.

A obra da Urbanização da Clona, que «está a decorrer dentro do prazo e deverá estar concluída dentro de 15 meses», é constituída por quatro edifícios, com o total de 64 apartamentos: 23 em tipologia T1, 28 T2, 12 T3, um T4 e ainda dois espaços destinados ao uso comercial.

Segundo o presidente da Câmara de Loulé, os regulamentos de renda acessível para estes fogos já estão publicados, mas os concursos para candidatura ainda não abriram, nem está decidida a data em que tal vai acontecer.

 

Visita à Urbanização da Clona. Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Outra obra visitada neste Dia da Cidade, foi a ampliação da EB 2,3 Eng. Duarte Pacheco, que passará a ter mais oito salas, uma cozinha pedagógica, balneários e uma sala de apoio.

Trata-se de uma empreitada que deverá estar finalizada até ao final do ano e que tem um custo de cerca de 1 milhão e 500 mil euros.

Ainda para este trimestre, prevê-se a finalização da ampliação e remodelação do Heliporto Municipal, que, com as obras mais recentes, passará a poder receber, no limite, oito aeronaves (mais do dobro da capacidade que já tinha).

O heliporto fica junto à nova sede regional do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), onde funcionará o Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) – edifício que, segundo Vítor Aleixo, deverá ser inaugurado muito em breve.

 

Ampliação da EB 2,3 Eng. Duarte Pacheco. Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Neste Dia da Cidade o presidente da Câmara de Loulé aproveitou também para realçar o compromisso do Município com «aquele que é o maior desafio com que todos estamos confrontados, a adaptação à mudança do clima».

Vítor Aleixo recordou que Loulé tem aquele que foi, em todo o país, o primeiro Plano Municipal da Ação Climática aprovado de acordo com a lei, e há dados que já ilustram o que tem sido feito a esse nível.

«Nós tínhamos, em 2019, uma quantidade de água não faturada na ordem dos 41%. Era 41% de água que entrava no sistema e que não era faturada. Em 2023, números apenas provisórios, mas que eu tenho a segurança de que vão ser corroborados, mostram que nós passámos para 27%. Temos feito um enorme trabalho. Os resultados começam a aparecer e, se somarmos esta redução da água não faturada com a excelente performance nas empresas municipais, então nós já estamos abaixo dos 20%. Isto posiciona-nos, de acordo com o padrão classificativo, como um Município muito bom na gestão dos recursos hídricos», salientou o autarca.

Para Vítor Aleixo, «só pode ser este o nosso caminho». «Continuamos a fazer grandes investimentos na rede e temos planos de contingência para a seca. Loulé é isto, encara os seus problemas e tem trabalhado com foco e energia» para os resolver.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

 

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