Nova Marina de Vilamoura vai ter iates de luxo e dessalinizadora

A obra desta nova marina arrancou com o começo das dragagens

O objetivo é atrair iates de grandes dimensões, as obras começaram esta terça-feira, 23 de Janeiro, mas o projeto da nova Marina de Vilamoura vai muito além disso. Na calha, está também a construção de uma dessalinizadora, de modo a garantir água para ser usada nas lavagens do estaleiro, dos barcos e dos pontões. 

A obra desta nova marina, que está a ser construída em frente aos escritórios da Vilamoura World, perto do parque de estacionamento da Praia da Falésia, arrancou com as dragagens.

No total, terão de ser dragados 150 a 190 mil metros cúbicos de sedimentos, que serão depositados no mar, seis milhas ao largo de Vilamoura.

Aos jornalistas, Isolete Correia, diretora da Marina de Vilamoura, explicou que essa matéria não será usada para enchimento das praias porque «é lodosa». A solução foi, de resto, encontrada com a Agência Portuguesa do Ambiente.

As obras incluem também o prolongamento do molhe poente da Marina e do dique da ribeira de Quarteira.

Em termos ambientais, assegurou Isolete Correia, «tudo será cumprido», tendo sido emitida, em Setembro, uma Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve.

 

 

 

 

As dragagens têm de decorrer até 31 de Março e o objetivo é que a nova Marina comece a funcionar «a 1 de Outubro».

«Vamos esperar que sim, sabemos que nem sempre corre como queremos, mas esperamos que sim», disse Isolete Correia.

Uma das principais vertentes é também a construção de uma dessalinizadora. O projeto «ainda não está pronto», mas a diretora da Marina de Vilamoura espera tê-la pronta «quando a marina estiver a funcionar».

«É um projeto que está no bugdet deste ano. Já temos algumas soluções: fomos até à Boot de Düsseldorf [feira náutica na Alemanha], que é o evento mais importante porque tem tudo o que é equipamento de última geração, e trouxemos de lá algumas ideias», adiantou a responsável.

O objetivo é construir uma «pequena dessalinizadora para as lavagens não só do estaleiro, como das embarcações e dos pontões, porque atualmente usamos água da torneira», disse.

Apesar de ainda não ter ideia «da capacidade» dessa infraestrutura, Isolete Correia adiantou que «não será portátil, mas fixa» e que espera que esteja instalada «até Setembro».

 

 

 

 

Em relação à nova Marina, terá 68 postos de amarração para iates de 20 a 40 metros, distribuídos por quatro cais.

«O sonho começou pela necessidade. Há uma lacuna para postos de amarração para grandes iates. As pessoas, cada vez mais, mudam para barcos maiores e em Portugal não podem atracar: logo, vão para Espanha», enquadrou a diretora da Marina.

Daí que, concluída a obra, que custará 23 milhões de euros, Vilamoura passe a atrair também iates de (ainda mais) luxo.

A necessidade de ter um turismo de qualidade foi, de resto, vincada por Vítor Aleixo, presidente da Câmara de Loulé. O autarca considerou que o futuro do turismo em Portugal tem de passar por níveis de «grande qualidade e excelência».

Teresa Coelho, secretária de Estado das Pescas, afirmou que, para Portugal, «é prestigiante ter uma marina assim», até porque o projeto trará «um outro tipo de turismo».

 

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