Largo da Igreja Matriz de Portimão vai ser requalificado

Trabalhos arqueológicos iniciam-se na próxima semana

O Largo da Igreja Matriz da Nossa Senhora da Conceição, em Portimão, vai ser requalificado ao nível dos pavimentos, saneamento básico e abastecimento de águas, num investimento total de 1.178.096,90 euros.

A obra, a cargo da Câmara Municipal, irá avançar no ano em que Portimão assinala o primeiro centenário de elevação à categoria de cidade.

A empreitada, consignada à empresa Consdep S.A. – Engenharia e Construção, tem prazo de execução estipulado em 300 dias e arranca com trabalhos arqueológicos de diagnóstico e de minimização de eventuais impactos, «já que vai intervir numa zona historicamente muito sensível, que importa salvaguardar e proteger», salienta a autarquia.

 

 

 

Este projeto de reabilitação da envolvente da Igreja Matriz de Portimão, promovido pelo Município, implanta-se «em área de sensibilidade arqueológica, integrando eventuais vestígios da ocupação deste espaço durante as épocas romana, moderna e contemporânea, bem como um troço da muralha tardo-medieval de Vila Nova de Portimão, classificada como Imóvel de Interesse Público, cujo estado de conservação e traçado neste local específico ainda é desconhecido».

A autarquia refere ainda que «é igualmente de salientar a particularidade de este troço da antiga muralha vir a ficar assinalado, através de um pavimento diferenciado, de forma a se evidenciar enquanto importante testemunho do passado de Portimão».

A partir de 15 de Janeiro, e enquanto durarem os trabalhos, a circulação rodoviária nas artérias circundantes será condicionada, devendo os automobilistas respeitar a sinalização que regulará a zona abrangida.

 

A construção da Igreja Matriz deve-se a D. Gonçalo Vaz de Castelo Branco, vedor da Fazenda de D. Afonso V, investido por aquele monarca em 1476 como primeiro donatário da localidade de Portimão, a quem incumbiu de proceder à continuação da fortificação da localidade, cuja construção se iniciara no ano anterior, por ordem real.

A área amuralhada era superior a seis hectares e definia um polígono irregular, em “dentes de serra”, que acompanhava a margem do rio e englobava a parte mais alta da vila, onde se situava a igreja.

 



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