Contributo do Algarve para o PIB nacional foi o maior desde 1995

PIB do Algarve cresceu 7,4% em termos reais, apresentando um desempenho superior à média do país (5,7%)

O contributo do Algarve para o Produto Interno Bruto (PIB) nacional reforçou-se em 2022, subindo para 4,8%, sendo este o valor mais expressivo desde 1995, segundo as contas regionais publicadas pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).

Os dados definitivos indicam que o PIB do Algarve cresceu 7,4% em termos reais, apresentando um desempenho superior à média do país (5,7%).

A retoma consolidou-se em 2022, com o PIB algarvio a superar os valores pré-pandemia, salienta a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Algarve, que divulgou os números.

 

 

A riqueza gerada no Algarve atingiu 11.624 milhões de euros, de acordo com os resultados provisórios, refletindo uma variação homóloga de 17%, muito acima dos 6,8% registados a nível nacional.

O PIB per capita aumentou para 26,8 mil euros, mantendo-se como o segundo mais elevado das NUTS II, e dilatou a sua diferença face ao país, representando agora 114% face à média nacional.

Este mesmo indicador, aferido em paridades do poder de compra, passou a representar 90% da média da União Europeia, uma diferença substancial face aos 79% registados em 2021.

 

 

Por seu lado, o Valor Acrescentado Bruto (VAB) gerado pela economia algarvia em 2022 ascendeu a 10.060 milhões de euros, revelando uma taxa de variação nominal de cerca de 21%, quase o dobro do observado a nível nacional (12%).

Considerando a desagregação já disponível do VAB pelos 10 ramos de atividade, verifica-se que o “Comércio por grosso e a retalho; reparação de veículos automóveis e motociclos; transportes e armazenagem; atividades de alojamento e restauração” foram responsáveis por 70,4% do acréscimo registado relativamente a 2021.

O contributo deste ramo para o VAB total regional passou a ser de 39,5%, mais 6,6 pontos percentuais do que em 2021.

O ramo que engloba as “Atividades de consultoria, cientificas, técnicas e similares; atividades administrativas e dos serviços de apoio”, ainda que só represente 7,6% do VAB regional, foi aquele que apresentou o segundo maior contributo (10,6%) para o crescimento do VAB.

As “Atividades imobiliárias” e a “Administração pública e defesa; segurança social obrigatória; educação, saúde humana e ação social”, segundo e terceiro ramos mais importantes em termos do volume de VAB gerado na região, viram o seu peso diminuir ligeiramente, para 16,3% e 15,8%, respetivamente.

 

As contas regionais do INE indicam ainda que, em 2022, assistiu-se ao aumento substancial do volume do emprego no Algarve. O número total de indivíduos no mercado de trabalho foi de 248 mil, mais 23,9 mil do que em 2021, o que traduz um aumento de 10,6%, o mais expressivo do país e com grande diferença face à média nacional (1,5%).

Relativamente a 2021, de acordo com os dados definitivos, contabilizaram-se 224,2 mil indivíduos empregados, número ainda inferior ao de 2019, mas que evidencia uma variação positiva de 2,7% face a período homólogo.

Uma análise aos 21 ramos de atividade revela que 18,3% trabalhava no “Alojamento e restauração” e 16,2% no “Comércio e reparação de veículos”, seguindo-se o setor primário com 9,5%, a “construção” com 8,3% e a “saúde humana e ação social” com 8,2%.

A produtividade aparente do trabalho, que relaciona o VAB e o emprego total, fixou-se em 40,5 mil euros em 2022, correspondendo a 97% da média portuguesa. Este desempenho, inferior à média nacional, ocorre há três anos consecutivos.

 

 

Os dados analisados pela CCDR Algarve indicam igualmente que, em 2021, o Rendimento Disponível Bruto das Famílias (RDBF) no Algarve aumentou 8,4%, em termos homólogos, superando a média nacional (5,2%).

O RDBF por habitante atingiu 17.766 euros, o que corresponde a um aumento homólogo de 8,8%. A região continua a apresentar o RDBF per capita mais elevado das NUTS II e com uma disparidade significativa face ao país (14.465 euros).

 

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