Lagoa é o Município do Algarve com maior redução de consumos de água no setor urbano nos primeiros dez meses do ano de 2023, face ao registado no período homólogo do ano anterior, segundo os dados apresentados pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Os consumos de água no setor urbano foram apresentados no passado dia 22 de Novembro pela APA, no Workshop Ciclo de AcD “Aliança pela Água”.
Nos dados foi possível confirmar que Lagoa foi o município com maior redução de consumo de água, entre Janeiro e Outubro, tendo reduzido esse consumo em 265 496 m³, o que corresponde a cerca de 4,52% a menos, comparativamente ao período homólogo do ano anterior.
Durante o workshop, o Município de Lagoa foi convidado a apresentar as boas práticas de eficiência hídrica implementadas no concelho, que levaram à redução do consumo de água, nos primeiros 10 meses do ano de 2023.
Em nota, a autarquia explica que as grandes medidas adotadas pelo Município de Lagoa concentram-se em áreas como a rega dos espaços verdes municipais, na manutenção dos edifícios municipais e fontes decorativas, limpeza urbana, parque de máquinas e cedência de viaturas, mercados municipais, nas praias, no setor das águas e saneamento e em campanhas de sensibilização realizadas junto da população.
Algumas das medidas adotadas passaram por reduzir a rega noturna, para uma frequência de apenas de 2 em 2 dias, durante 5 minutos, a conversão de espaços verdes por relva sintética e a utilização de mais áreas com casca de pinheiro e gravilhas, o reforço da equipa de monitorização do sistema de rega ou a instalação de equipamentos/tecnologias associadas à gestão eficiente da rega que promovam o aumento da sustentabilidade – “Rega Inteligente” – Financiado pelo PEES, Fundo Ambiental.
Além disso, verificou-se a redução de consumo de água por não funcionamento de jatos/nebulizadores nos lagos decorativos de Lagoa e Calvário, vazamento e interrupção do funcionamento do Lago na Mexilhoeira da Carregação, a redução de lavagem de filtros e renovação de água na piscina municipal de Lagoa, a interrupção da alimentação de água permanente nos lava-pés da piscina municipal, o cancelamento da lavagem semanal dos parques infantis, remodelação do sistema de duches do pavilhão desportivo municipal, substituindo as torneiras dos edifícios (WC’s) para sistemas com fluxómetro, encerramento das Piscinas Municipais no mês de Agosto e a redução de
consumo de água na lavagem de ruas, bem como das papeleiras da via pública e das praias e das
viaturas do município.
Houve também interrupção das lavagens de pés e duches em todas as praias do concelho, redução de consumo de água nas lavagens de barcos em Benagil, Carvoeiro, Srª da Rocha, Ferragudo, Mexilhoeira e Parchal.
É de realçar, ainda, ao nível do abastecimento de água, a construção de 10 ZMC´s na Zona de influência do ponto de entrega de Alporchinhos – Fase 1 – Financiada PRR em 548 986,41 euros, substituição de algumas das principais condutas de abastecimento de água do concelho, a promoção de campanhas de poupança de água junto da população, bem como o apelo, através dos meios de comunicação para que sempre que detetem situações relacionadas com fugas na rede de abastecimento de água, ligações indevidas ao sistema público de abastecimento de água, possam colaborar na comunicação das ocorrências, entre muitas outras medidas implementadas.
Apesar dos resultados obtidos, o Município de Lagoa irá continuar a trabalhar para melhorar o sistema público de abastecimento de água e, em simultâneo, sensibilizar a população sobre a adoção de comportamentos que visem um consumo sustentável de água, atendendo à atual situação de seca que a região atravessa.
Lagoa acredita que «mudar pequenos gestos do dia a dia da população tem um impacto importante na poupança da água e na conta a pagar, ao final de cada mês».
«Temos afirmado sempre que a poupança de água é a nossa primeira prioridade e o Município de Lagoa tem feito um enorme esforço para conseguir atingir as metas a que se propôs. Este resultado é a prova que estamos no caminho certo, mas não podemos ter ilusões. Ainda há um longo caminho a percorrer», afirmou Luís Encarnação, presidente da Câmara de Lagoa.
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