O PSD Algarve afirma que «o anúncio da conclusão da eletrificação da Linha do Algarve em 2024, feita há um mês pelo então ministro das Infraestruturas João Galamba, e repetida à exaustão pelo Partido Socialista, é mais um feio embuste, uma trapaça rasteira que se prega aos algarvios».
Cristóvão Norte, presidente dos social-democratas algarvios, considera mesmo que tais afirmações vêm «na senda do seu antecessor, Pedro Nuno Santos, que há um ano tinha assumido a sua conclusão até ao final de 2023, sem que alguma vez isso tivesse sido possível».
Segundo Cristóvão Norte, «mentiram ambos e mentiram com consciência, descaradamente e sem qualquer resquício de ética».
É que, salienta, «foi ontem publicado, em Diário da República, no meio de centenas de páginas, um anúncio de procedimento para a empreitada de conceção/construção da subestação de tração de Olhão, obra sem a qual não pode haver eletrificação da linha, pois não há energia».
Ora, acrescenta Cristóvão Norte, «esse concurso público, para além de um prazo de 45 dias para entrega de propostas, estabelece um prazo de 660 dias para a realização da empreitada».
«Quem sabe destes procedimentos, sabe que, mesmo que os prazos sejam escrupulosamente cumpridos, se juntarmos os vários momentos concursais e de apreciação de propostas, o processo nunca demorará menos de três anos».
«Ninguém percebe porque este concurso não foi lançado antes. É como a história da Soflusa, compraram os barcos, mas esqueceram-se de comprar as baterias. Não há respeito pelos cidadãos que têm direito à verdade e há incompetência de sobra», conclui o presidente do PSD/Algarve.
Os social-democratas algarvios têm sido muito críticos da eletrificação, a quem chamam «refeição incompleta», por ter ganhos marginais na redução de tempo de deslocação, e por não ser acompanhada, pelo menos, de correção de traçado, reposição do triângulo ferroviário de Tunes e ligação ao aeroporto de Faro.
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