“Escolhas”, o «braço armado» da inclusão e dos Dinos d’Santiago do futuro

Nova edição do programa foi lançada em Quarteira

Se «a arte é uma forma de integração» – palavra de ministra -, quem melhor do que ele para o mostrar? A história de Dino d’ Santiago é conhecida: nasceu pobre, viveu no Bairro dos Pescadores, em Quarteira, fez-se famoso através da música. Mas, ainda antes disso, houve um certo programa, em 2001, que serviu de impulso: o “Escolhas”, o mesmo programa do qual é hoje embaixador e que foi lançado este sábado, 14 de Outubro, em Quarteira. 

O momento reuniu o cantor algarvio, mas também Ana Catarina Mendes, ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, e duas representantes de dois programas apoiados pelo Escolhas: o “Mais Sucesso”, de Olhão, e o “Está do Aço”, de Lagos. João Costa, ministro da Educação, acabou por não comparecer.

Esta será a nona edição deste programa que tem uma missão clara: promover a inclusão social de crianças e jovens de contextos socioeconómicos vulneráveis.

Lançado em 2001, o “Escolhas” teve, logo nesse ano, um participantes que, anos mais tarde, se tornaria um ícone da música: Dino d’Santiago.

 

 

«Foi um pouco depois da inauguração da Fundação António Aleixo que o programa chega. Eu estava quase a acabar o meu percurso no ensino secundário e já havia muitos professores a saber que eu gostava de desenhar e o “Escolhas” deu muitas oportunidades materiais a projetos que concorressem», relembrou o artista, nascido em Quarteira.

Essa participação marcou Dino d’Santiago até hoje, apesar de ser na área da música que se notabilizou e não tanto no desenho: «tive acesso a um mundo de informação artística que ainda hoje me serve», disse.

Este sábado de manhã, o cantor voltou, mais uma vez, à Escola D. Dinis, em Quarteira, onde foi aluno, para o arranque de uma edição do “Escolhas” de que será embaixador.

Antes, todos puderam assistir a uma performance de dança de um grupo de alunos, guiados pelo professor Fernando Jorge Cabral… e à qual se juntaram alguns dos presentes na assistência.

«Mal o convite chegou, disse logo que sim, porque acho que, quem for usufruir deste programa, se souber que há pessoas, como eu, que também eram estigmatizadas mas passaram por ele e conseguiram vencer, podem acreditar mais em ter um futuro melhor», confessou Dino aos jornalistas.

Nesta nova edição, o “Escolhas” tem algumas novidades, uma vez que há um reforço de projetos nas áreas da cultura, apostando na inclusão pela arte, e do desporto, dimensões fundamentais no desenvolvimento das crianças e jovens e na promoção da coesão social.

 

 

Além disso, esta edição também aposta no alargamento da duração de cada projeto, que passam a ter 3 anos, ficando alinhados com o calendário escolar.

Esta nona geração vai ainda ser alvo de uma articulação interinstitucional reforçada, tanto a nível central como local, estando prevista uma maior coordenação e cooperação entre diferentes áreas governativas e o estabelecimento de mais parcerias a nível local.

Para Ana Catarina Mendes, ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, este é um projeto chave nos tempos que vivemos.

«Nós não nascemos todos com as mesmas posses, mas é obrigação de um Estado decente dar a todos as mesmas oportunidades», disse, em relação ao “Escolhas” que já beneficiou cerca de meio milhão de crianças e jovens, através de 800 projetos em todo o país.

Até porque, defendeu a governante, «a arte é uma forma de integração» e este programa é «o braço armado de uma sociedade inclusiva e humanista».

«O “Escolhas” não é para os desgraçadinhos, mas para que os jovens se possam realizar naquilo que querem», concluiu.

 

Fotos: Pedro Lemos | Sul Informação

 

 

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