“Engolir Sapos” é aprender a aceitar os outros em Odemira e Aljezur

Este é um espetáculo «muito importante neste momento em que vivemos»

No palco, estarão um pai preocupado, uma filha apaixonada e sapos. Mas também muitos preconceitos face a uma comunidade: os ciganos. “Engolir Sapos” é uma reflexão artística, em forma de espetáculo de teatro, e vai passar, durante este mês de Outubro, por Odemira e Aljezur. 

Este é mais um espetáculo do “Lavrar o Mar” que marca também uma nova aposta deste programa: «uma maior abrangência de companhias portuguesas».

«A nossa programação é feita de criações, mas também de espetáculos, de outras companhias, que trazemos por achar que fazem sentido. Este ano, queremos uma maior abrangência, também nacional, porque normalmente o que trouxemos foram companhias estrangeiras», explica Madalena Victorino, uma das programadoras do “Lavrar o Mar”, ao Sul Informação. 

“Engolir Sapos” surge nessa senda.

Haverá sessões no dia 18 de Outubro, no Cineteatro Camacho Costa (Odemira), às 10h30, para o público escolar, e às 21h00 para o público em geral. No dia seguinte, o espetáculo será às 10h30, só para escolas.

Do Alentejo, o espetáculo rumará para Aljezur, com sessões dia 21 de Outubro (21h00) e 22 (18h00), ambos para o público em geral, no Espaço Multiusos.

Em Portugal, existem milhares de sapos de loiça em estabelecimentos comerciais e também nas portas de casa, vistos como uma maneira de afastar as pessoas de etnia cigana.

O espetáculo, da Companhia Amarelo Silvestre, é, nas palavras de Madalena Victorino, «um alerta contra o racismo e a xenofobia».

«É uma história de um pai e de uma filha. Quando a filha lhe conta que está apaixonada por um rapaz cigano, levantam-se, no pai, uma série de preconceitos, de medos», adianta a programadora.

Este é um espetáculo «muito importante neste momento em que vivemos».

«Temos de perceber a questão do outro, de integrá-lo, de aceitá-lo. Queremos dar o nosso contributo com este “Engolir Sapos”», acrescenta Madalena Victorino.

Assim, um dos grandes objetivos do espetáculo é deixar as pessoas a pensar: «que façam uma reflexão sobre os outros», conclui a programadora.

Os bilhetes custam 7 euros para adultos e 3 euros para crianças até aos 11 anos, podendo ser comprados aqui.

 

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