Encontrada bebé que mãe raptou do Hospital de Faro escondida num saco

O parto aconteceu no Hospital Particular de Gambelas, mas a bebé foi para o Hospital de Faro quando os profissionais perceberam que a mãe teria problemas de adição

Fernando Jordão – Foto: Pedro Lemos | Sul Informação

A Polícia Judiciária (PJ) encontrou na madrugada de hoje, dia 31 de Outubro, a bebé que foi raptada, na tarde da passada quinta-feira, 26 de Outubro, pela mãe do Hospital de Faro. A progenitora levou num saco a recém-nascida de 1 mês, que estava sinalizada pela Comissão de Proteção de Crianças e Jovens (CPCJ), para uma casa de conhecidos, nos arredores de Faro. 

Em conferência de imprensa na tarde de hoje, 31 de Outubro, Fernando Jordão, diretor da PJ no Algarve, explicou que, além da mãe, de 37 anos, também foi um detido um homem, de 45, que terá ajudado no rapto.

Questionado sobre se tinham algum tipo de relação amorosa, o responsável da Judiciária não confirmou, dizendo apenas que «é uma pessoa do círculo», sem «graus de parentesco».

O rapto aconteceu na tarde de quinta-feira, durante uma visita da mãe à bebé, o que estava autorizado pelas autoridades judiciais.

Nesse momento, aproveitando «frações de segundo de menos vigilância», a progenitora levou a recém-nascida «num cesto ou saco», adiantou Fernando Jordão.

«A mãe passou despercebida como em muitos outros casos – entrou e saiu sem que se tenha apercebido que tinha a criança, o que foi detetado passado pouco tempo. Da parte do hospital, a criança não está propriamente sujeita a qualquer vigilância policial», acrescentou.

 

 

Na base do rapto estava o facto de a mãe estar sinalizada pela CPCJ por «incapacidade de tratamento da criança».

«No quadro desta família, já existe uma outra criança institucionalizada também. Da informação que temos até agora, não houve nenhuma outra intenção por trás que não fosse a razão afetiva», enquadrou Fernando Jordão.

O facto de o parto ter acontecido no Hospital Particular de Gambelas (a criança foi levada para o Hospital de Faro quando os profissionais perceberam que a bebé estava sinalizada) também indicia que «se deve a já haver intenção de ficar com a criança».

Quanto ao pai da criança não está envolvido no rapto e a PJ já presume saber «de quem se trata».

Quando foi localizada, a recém-nascida acabou por ser levada outra vez para o Hospital de Faro, onde se encontra ainda em observação, apesar do diretor da PJ garantir que, à partida, «estava bem».

«Em princípio, a criança terá ido logo para esta casa, mas ainda não estamos em condições de fazer todo esse percurso. Pensamos que, para já, não havia planos para irem para outro sítio», acrescentou.

Segundo Fernando Jordão, uma das possibilidades é que a recém-nascida seja «institucionalizada».

Os dois detidos ainda não conhecem as medidas de coação e a investigação da PJ vai prosseguir.

 

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