Tribunal anula suspensão de dois cirurgiões do Hospital de Faro acusados de más práticas

Médicos foram acusados por uma médica interna, que fez a denúncia à Polícia Judiciária e nas redes sociais

Foto: Pablo Sabater | Sul Informação (arquivo)

O Tribunal Fiscal e Administrativo de Loulé anulou a suspensão preventiva dos dois cirurgiões do Hospital de Faro que foram acusados de alegados erros e más práticas por Diana Pereira, uma médica interna que entretanto pediu a demissão.

A notícia foi avançada pelo jornal Expresso, segundo o qual os dois clínicos viram o tribunal dar razão a um recurso que apresentaram da decisão de suspensão preventiva da sua atividade médica, alegando que esta tinha sido tomada de forma unilateral, antes de serem ouvidos e de conhecidas as conclusões de uma comissão independente criada pelo bastonário da Ordem dos Médicos.

Já depois da decisão do tribunal, o Conselho Superior da Ordem dos Médicos decidiu, por unanimidade, anular a decisão do Conselho Disciplinar Regional Sul, pelo que os dois médicos podem voltar a exercer, avança o mesmo jornal.

Ao Expresso, o diretor do Serviço de Cirurgia do Hospital de Faro, Martins dos Santos, referiu que «este acórdão, apesar das suas insuficiências, dando-me completamente razão, constitui o princípio de um longo caminho ainda por percorrer, até que seja feita completa justiça».

A suspensão provisória resultou de uma denúncia feita por Diana Pereira, que se encontrava a fazer a especialização em cirurgia geral, e visou um cirurgião e Martins dos Santos.

Na altura, a médica interna Diana de Carvalho Pereira denunciou os casos à Polícia Judiciária e nas suas contas nas redes sociais Twitter e Instagram, dando conta de alegados «11 casos ocorridos entre Janeiro e Março» no hospital de Faro de «erro/negligência» no serviço de cirurgia.

Segundo a médica, dos casos relatados de 11 doentes, «três morreram, dois estão internados nos cuidados intermédios, os restantes tiveram lesão corporal associada a erro médico, que variam desde a castração acidental, perda de rins ou necessidade de colostomia para o resto da vida».

Entretanto, além da Ordem dos Médicos, também o Ministério Público abriu inquérito a estes casos.

 

 



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