Aulas arrancam na UAlg com obras por acabar nas residências  

Prioridade das residências universitárias é alojar os alunos bolseiros

Foto: Nuno Costa | Sul Informação

Das 234 camas que estão a ser renovadas em três residências da Universidade do Algarve, apenas 96 vão estar prontas no início do ano letivo, mas o reitor Paulo Águas garante que todos os alunos admitidos nas residências serão alojados a 18 de Setembro, ainda que de outras formas. 

«Estamos a trabalhar em soluções que passam pelo reforço de alojamento nas camas que não foram alvo de renovação. Haverá quartos que, durante duas semanas, serão triplos em vez de duplos e zonas comuns que estamos a preparar para acolher camas durante esse período. Essa é a solução que nós estamos a construir para que todos os alunos tenham alojamento», garantiu o reitor.

Ao Sul Informação, Paulo Águas esclareceu que, atualmente, as oito residências de estudantes da Universidade do Algarve em Faro têm 509 camas, 234 das quais foram renovadas. Destas, 96 estarão prontas a 18 de Setembro, 60 a 2 de Outubro e as restantes 78 no dia 16 de Outubro.

Em declarações ao nosso jornal, Paulo Águas reforçou que a prioridade destes serviços é alojar todos os alunos bolseiros, algo que a UAlg tem conseguido. Para os não bolseiros, categoria na qual a procura tem aumentado, o reitor admite que «a situação está mais difícil do que há uns anos».

«Nós, neste momento, estamos a receber as candidaturas dos novos alunos e já informámos 319 do ano passado que vão ter residência este ano. O que acontece hoje em dia é que temos mais alunos não bolseiros a procurar residências do serviço de ação social, mas a estes só conseguimos dar resposta se houver disponibilidade», explica o reitor.

 

 

Pelo quarto ano consecutivo, a Universidade do Algarve teve uma taxa de colocação superior à média nacional. De acordo com Paulo Águas, trata-se de 1500 alunos colocados, mas, destes, o que se espera é que cerca de 15% não realize a inscrição.

«Isso acontece todos os anos e por várias razões, nomeadamente porque estudantes que fizeram exames da segunda fase depois candidatam-se com esses exames a outras opções», justifica, referindo que o motivo principal não é a falta de alojamento.

«Em 2013/14, a nossa taxa de ocupação das residências estava nos 75 a 80%, nós não conseguíamos encher as residências, mas a taxa de alunos que não se inscreviam era até mais elevada do que é agora, por isso a razão não é essa», reforça, frisando que, apesar de haver mais estudantes a entrar, há também mais alunos diplomados que saem, deixando os quartos livres para outros.

Quanto à disponibilização futura de mais camas, Paulo Águas relembra que está prevista a construção de duas novas residências, com o total de 287 camas, mas que, tendo em conta a melhor previsão, só estarão prontas em Setembro de 2025.

«Os processos estão a correr, mas, por cumprimento da lei, são coisas que exigem tempo. A nossa previsão é que consigamos lançar os concursos até ao final do primeiro trimestre de 2024 e esperemos que sejam concluídas em Setembro 2025», remata o reitor.

 

Fotos: Nuno Costa | Sul Informação

 

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