Médicos terminam hoje greve nacional, mas paralisações continuam

O protesto dos médicos prossegue a 1 e 2 de Agosto, com uma nova greve nacional convocada pela FNAM

Os médicos terminam esta quinta-feira, 27 de Julho, a greve nacional de três dias para exigir ao Governo propostas concretas sobre a valorização da carreira e das grelhas salariais nas negociações que decorrem desde 2022 e que devem prosseguir na sexta-feira.

Apesar desta paralisação nacional terminar hoje, o protesto dos médicos continua com as greves dos médicos de família às horas extraordinárias até 22 de Agosto e à produção adicional dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Segundo o Sindicato Independente dos Médicos (SIM), que garante que a adesão nos primeiros dois dias rondou os 90% a nível global, a greve pretendeu forçar o Governo a apresentar propostas concretas nas negociações que decorrem há mais de um ano sobre a revisão das tabelas salariais.

Para sexta-feira está marcada mais uma ronda negocial, mas o SIM e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) garantiram, na última semana, que só estariam disponíveis para comparecer à reunião se recebessem antecipadamente as propostas, o que o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, garantiu que iria acontecer.

Na quarta-feira, o SIM entregou no Palácio de São Bento uma carta dirigida ao primeiro-ministro com um «fortíssimo apelo» para que o Governo concretize as suas propostas para o novo regime de dedicação plena, os serviços de urgência, a organização e disciplina do trabalho médico e a revisão da grelha salarial, as matérias que estão em cima da mesa negocial entre as partes.

«Depois de ultrapassar o prazo negocial formalmente estabelecido, o Governo, de forma irresponsável, declinou a apresentação de propostas negociais concretas», refere ainda a carta, ao alertar que em Portugal verificou-se uma «erosão de mais de 22% dos salários médicos nos últimos 10 anos».

O protesto dos médicos prossegue a 1 e 2 de Agosto, com uma nova greve nacional convocada pela FNAM, a segunda marcada pela estrutura sindical em cerca de um mês, depois da paralisação que decorreu a 5 e 6 de Julho.

 



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