Novas casas a custos controlados de Faro vão estar prontas em Dezembro 

Sorteio de atribuição dos 90 fogos está marcado para a próxima quarta-feira, 28 de Junho

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

46 dos 90 novos fogos para venda a custos controlados na zona da Lejana de Baixo, em Faro, vão estar prontos para habitar em Dezembro, enquanto os restantes 44 estarão até Abril do próximo ano. 

A revelação foi feita por Rogério Bacalhau, presidente da Câmara de Faro, esta terça-feira, 21 de Junho, durante a visita ao bloco habitacional que já se encontra mais avançado e que estará pronto a habitar ainda este ano.

«Isto é um investimento privado. Os terrenos eram do Município e nós vendemos em hasta pública. Os dois foram vendidos por 1,2 milhões de euros, com o objetivo de se fazer construção a custos controlados, porque, se os tivéssemos colocado no mercado normal, eles valeriam, se calhar, quatro vezes mais», explicou o autarca farense aos jornalistas.

Junto à Estrada da Nossa Senhora da Saúde e Rua Capitães de Abril, vão assim nascer 90 apartamentos, de tipologias  T1 (18), T2 (38) e T3 (34), com garagem, varanda, cozinha totalmente equipada e valores entre os 104.750 e os 216.250 euros.

«O custo é mais baixo porque o objetivo é ter custos controlados. A empresa que comprou sabia disso e teve de fazer o projeto nestas condições, que teve de ser aprovado pelo IHRU, porque tem um conjunto de características pré-definidas», acrescentou ainda o autarca, reforçando que o concurso para definir os proprietários será feito na próxima quarta-feira, 28 de Junho, às 15h00, no Teatro das Figuras, e aberto a toda a comunidade.

Os jovens até aos 35 anos serão aqueles com mais hipóteses de garantir uma casa, uma vez que terão uma fatia de 60% do total de fogos. Os outros dois contingentes, com 20% dos apartamentos cada, são os portadores de deficiência e o contingente geral, onde cabe toda a restante população.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Apesar de se tratar de uma construção importante para o Município, o autarca admite que está longe de colmatar as necessidades atuais.

«Temos 90 fogos e 734 candidaturas e, portanto, estes números dizem que haverá muito mais necessidades», reforçou Rogério Bacalhau.

Segundo o autarca, a estratégia local de habitação tem protocolado com o IHRU (Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana) financiar, no futuro, «um loteamento em Estoi, para mais 275 fogos de custos controlados», outro «nos Braciais, com mais 70 fogos de custos controlados e 132 fogos para habitação social, que serão contruídos pelo Município e propriedade do Município», entre outros.

«Provavelmente, mais de 1000 fogos vão ser construídos nos próximos cinco anos. Com os projetos que temos em aprovação e aprovados no Município, com os projetos que nós próprios vamos promover, estou convencido de que pelo menos mais mil fogos serão construídos», revelou o edil.

 

Foto: Mariana Carriço | Sul Informação

 

Mas para que o problema da habitação seja resolvido, Rogério Bacalhau defende que é preciso «colocar mais terrenos para custos controlados no mercado e aumentar os perímetros urbanos para haver terrenos para construção».

O autarca não acredita, contudo, que as dificuldades sejam colmatadas nos próximos dez anos.

«É preciso contruir muito nos próximos dez anos para, de alguma forma, darmos resposta às necessidades do concelho. Os sensos mostram que Faro, nos últimos dois anos, tem mais 1000 fogos e nos últimos cinco anos nós aumentámos 10% da população (6000 pessoas). Por isso, esses fogos não deram resposta às necessidades da população», salientou ainda, à margem da visita aos novos fogos, contruídos pela empresa Ferreira Build Power, que se tem dedicado à construção deste tipo de habitação.

De acordo com João Moreira, administrador da Ferreira Build Power, a empresa está a estudar a possibilidade de concretizar em Faro «mais um ou dois empreendimentos da mesma dimensão» e está ainda presente com este tipo de projetos em Loulé, Portimão e, em breve, em Vila Real de Santo António.

«O nosso interesse é encontrar autarquias que tenham interesse em que se promova este tipo de projetos para que possamos construir mais para a classe média, algo que não tem acontecido nos últimos anos», remata.

 

Fotos: Mariana Carriço | Sul Informação

 

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